Houve um tempo em que eu estava determinada em fazer campos de flores em lugares públicos. Consegui inúmeras sementes de cosmos e as semeava por onde eu passava, sentia tanta esperança neste simples gesto. Cheguei até a plantar uma muda de lavanda, imaginando lugares imensamente coloridos e com vários visitantes polinizadores para fotografar.
Quando eu ando por algum lugar e vejo uma flor silvestre, sinto que ela tem um grande potencial, apesar de pequenina. Fico imaginando que aquela coisinha miúda deve ser a alegria de uma abelha ou borboleta que estão caçando néctar e empenhadas no seu trabalho.
Sinto-me imensamente determinada em ser uma alegria ao meu Senhor, apesar da minha insignificância. Não sou como uma rosa, linda e perfumada. Ou como um girassol, esplendoroso e radiante. Sou apenas eu. Só eu, escondendo-me no imenso verde, na altura da terra, entre raízes e pedras. Pensando comigo mesma no quanto sou grata por existir o girassol radiante e a rosa perfumada.
Até breve.