O som da quietude e coisas escondidas

O som da quietude é caminhar ouvindo seus pensamentos, de onde saem uma profunda oração. Quando caminho, olho para o chão e observo como cada passo dado para frente é um passo que também é deixado para trás. Meus olhos percorrem pela paisagem, e como se fosse uma águia, percebo coisas escondidas.

O som da quietude é também ouvir o vento na copa das árvores farfalhando folhas, deixando-as cair e, para mim, elas parecem que dançam ballet. Parece triste secar e cair por terra, no entanto, o verde é mais uma vez renovado. O amarelo, laranja e vermelho no chão deixam um vislumbre ao serem tocados por raios dourados do entardecer.

É verdade que não há nada de especial em encontrar coisas miúdas escondidas. Quando se é simples, a felicidade inevitavelmente brota como um ato banal. A felicidade é banal. É banal que todo dia o sol começa a surgir às quatro da manhã e quantas diferenças há na banalidade: já apreciei tantas alvoradas de cores quentes e tantas outras de cores frias.

É tão óbvio que cogumelos e briófitas apareçam em lugares aquosos e sombreados… Mas eu nunca antes havia visto um cogumelo tão pequeno como este.

Obrigada pela visita. ♡

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