A Princesa Flutuante, George McDonald

20 de janeiro de 2025: A noite demorou a cair, e no momento tudo é escuro… O curioso é que são nestes momentos que acontecem relâmpagos de pensamentos luminosos após um tempo de ter concluído uma leitura.

Bem, ontem eu terminei de ler A Princesa Flutuante e eu me surpreendi com o desenrolar da história! No começo da história a princesa é amaldiçoada pela sua tia bruxa e vingativa. A maldição consiste em perder a sua gravidade, então ela flutua como uma cípsela de dente-de-leão, ou como as nuvens… O curioso é que essa leveza abarca todos os âmbitos de sua vida.

“A menininha tinha sobre si apenas o manto etéreo do próprio sono.”

Essa leveza da Princesa, além de flutuar, consistia em nunca sentir tristeza, tampouco mágoa. Dar risadas de tudo e de todos. O mundo lhe parece uma brincadeira, ou melhor, o mundo lhe é, autenticamente, uma brincadeira. Seu jeito de ser é irritante em alguns momentos para os seus pais, mas no fim, ela é amada e querida por todos justamente por esse espírito tão pueril e encantador.

A princípio, eu estava considerando essa caracterísitca maravilhosa, imagina só nunca chorar?! Mas após um tempo pensando, creio que um dos temas que se pode observar na Princesa Flutuante é o quanto as lágrimas, principalmente as de arrependimento, são uma bênção. Há um momento da história que é muito comovente, é quando ela se dá conta de que toda essa alegria acabava a tornando entorpecida com a única pessoa que teve coragem de se sacrificar por ela, a Princesa se desata a chorar e a maldição quebra!

“Os sacrifícios que agradam a Deus são um espírito quebrantado; um coração quebrantado e contrito, ó Deus, não desprezarás.”

– Salmo 51.

O George McDonald conseguiu, através de um conto de fadas, falar sobre o coração contrito! Para mim, esse é o grande tema e o que mais despertou o meu interesse.

Obrigada pela visita. ♡

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