15 coisas

Eu estava pensando como é mal visto quando alguém diz coisas boas de si mesmo. Geralmente essas pessoas são nomeadas de prepotentes, vaidosas, exibicionistas… Bem, eu não vejo desta maneira porque dizer a verdade sobre si mesmo pode ser realmente difícil, se levar em conta a percepção traumática que alguém pode ter de si mesmo. Eu acredito que as pessoas merecem uma boa fama e é triste quando você mesmo diz algo ruim de si mesmo em público ou no privado. As palavras são poderosas (sei que é um clichê dizer isso, mas é o que eu acredito, fazer o quê).

Como disse Boécio, em A Consolação da Filosofia, fomos criados para o sumo bem, que é Deus, e é basicamente por isso que nós estamos sempre em busca da bondade, da felicidade, embora estes conceitos estejam com uma névoa de ilusões… De qualquer modo, eu penso que dizer algo verdadeiramente bom de si mesmo não é sobre se colocar em um patamar, mas sobre mostrar o quanto nosso Senhor é bom por ter compartilhado conosco suas qualidades. Então, após ter visto um vídeo em que a pessoa sugere esse exercício de escrever quinze qualidades que vê em si mesmo, eu resolvi pôr em prática essa sugestão de escrever sobre o que Deus me deu de graça.

A princípio me vieram as qualidades sem tanta dificuldade na mente, mas ao longo da lista comecei a sentir dúvidas… Várias vezes eu pensei se aquela característica era algo que existia realmente em mim porque acabava me lembrando do meu passado e de todas as palavras nada boas que disseram sobre mim. Então eu percebi no quanto é complicado separar o que sou de verdade do que alguém disse a meu respeito.

Sim, existe um abismo enorme entre o que eu sou e o que pensaram ser quem eu sou. Mas tudo bem, é algo que não posso controlar, e sabendo disso, eu desejo aprender a controlar em como vou perceber as palavras que chegam em meus ouvidos. De modo geral, eu gostei bastante de praticar esse exercício! O mais curioso é que ao longo dos dias, eu fui lembrando de outras coisas em que eu sou muito grata por existir em meu ser! É o tipo de coisa que dá vontade de se ajoelhar e agradecer a Deus. O tipo de coisa que me fez sentir muito amada e especial. Gostaria muito de tornar eterno esse sentimento.

Obrigada pela visita. ♡

Os milagres acontecem o tempo todo

Estou fazendo uma lista sobre tudo o que me deixou feliz nesse ano… Resolvi escrever a respeito logo após ter ficado muito triste, e essa tristeza não queria se afastar de mim… E eu também não ajudava muito, pois me isolava e ouvia músicas melancólicas. Sinto uma enorme dificuldade em ir contra as minhas inclinações não tão boas, é um pequeno fardo que carrego por ser humana, embora eu me pareça a uma elfa (risos).

Eis que me dou conta que, na vida, os milagres acontecem o tempo todo! Eu já havia lido algo semelhante do Hans Christian Andersen e concordei de imediato, mas quando se tem esta experiência em seu interior de vivenciar o milagre de modo tão sublime, tudo ganha um sentido tão mais nobre! É algo inefável.

Esta constatação percorreu por todas as veias de meu ser, como o sangue que carrega a vitalidade silenciosamente. Tudo ao redor me gritou que a vida por si só é uma enorme benção! Senti-me tão constrangida por ter ficado triste, até lembrei de Santa Teresinha que disse que chorava por ter chorado…

Creio que essas dificuldades sempre estarão comigo, mas tenho fé que receberei sempre um chacoalham do meu Anjo da Guarda para não permanecer tanto tempo dentro do subsolo. Não desejo ser como o homem do subsolo, desejo ser um pouco como Aliocha Karámazov! Uma das coisas que mais aqueceu meu coração nesse ano foi ter sido comparada, pelo meu esposo, com este personagem tão especial para mim. Disse que somos parecidos em muitos aspectos: gostar de criança, senso de justiça, não gostar de se meter em confusão, fiel, confiável, face de criança, boa ouvinte, fala a verdade…

Como disse no início, eu fiz uma lista de coisas que me alegraram neste ano de 2023 e vou compartilhar algumas coisinhas dela no Bosque:

conheci a melhor sorveteria da vida
troquei cartinhas temáticas da Taylor Swift
voltei a fazer bijuterias
concluí o Alfabeto Ilustrado e anunciei
fiz uma lonjinha online
comecei a estudar simbolismo astrológico
voltei a comprar cd’s
fiz amizade com Pitoco (lhasa apso) e Princesa (pastor alemão)
estive nas montanhas
estive em uma cachoeira
vi um pinheiro e colhi pinhas pela primeira vez
fotografei margaridas ao ar livre
uma senhora me ajudou a atravessar a rua
fui a praia e o carro quebrou na estrada (uma aventura!)
vi um arco-íris no horizonte do mar
assisti Cavaleiros do Zodíaco com meu marido
fiz duas amigas católicas & swifties
comecei a fazer um journal literário
observei um beija-flor construindo um ninho
vi um filhote de cavalo
fiquei maravilhada lendo O Bestiário de Cristo
fiquei maravilhada lendo A Consolação da Filosofia
cortei o cabelo na altura do queixo
comecei a estudar sobre tipos de nuvens
as crises de ansiedade diminuíram drasticamente (obrigada, Jesus)
fui no sebo e trouxe Thomas Mann e Luís de Camões
fiz dois terços de 1 década com pedras naturais
fiquei maravilhada com a beleza da morganita
voltei a minha cidade natal
visitei o cemitério
fui a praia da minha cidade natal
participei de um amigo secreto de blogueiras
costurei uma brush case e uma bolsa em forma de folha
dei início ao Alfabeto dos Santos
participei de uma leitura conjunta com minhas amigas
os filhotes de Bombada
os filhotes de Mikamika
conheci a vida de São Colmano e São Cuteberto
fiz carinho em uma égua que chamei de Peninha
fiz carinho pela primeira vez em Cavalo de Fogo (um cavalo)
vi um sanhaço-caboclo comendo pitanga
assisti no cinema o filme da The Eras Tour
vi três vezes uma arara-vermelha
gostei de ter conhecido as músicas das HAIM e Olivia Rodrigo

“Se até aqui o Senhor nos ajudou, se até aqui nos sustentou, Ele continuará nos ajudando e sustentando!”

Obrigada pela visita. ♡

Meu primeiro caderninho

Tenho sonhado com aromas cor de verde, cor do limite de florestas e de campos. Aqueles lugares que não são completamente escassos de luzes, mas ao mesmo tempo também não são incandescentes da luz solar. Eis que despertei deste sonho e fui concretizá-lo à meu modo… Tenho desejado organizar meus papéis onde escrevo os meus estudos, pensei em dar início a um fichário, mas acabei por me decidir por um caderno.

As folhas do miolo são papel ofício tamanho A4 que foram dobrados ao meio. A cor delas remete a um lugar empoeirado, antigo… Consegui obter com café. A capa é forrada com tecido linho misto na cor cru. Os desenhos foram todos feitos à mão. Por dentro as cores são de tinta guache e sobre o tecido há pinceladas de tinta própria para tecido. Eu não possuía todas as cores, mas fiz algumas misturas para obter o que havia em meu coração.

Acho que o resultado se tornou simples e delicado. No momento estou pensando o que escreverei nele… Se uso como um diário pessoal ou para anotar os meus estudos do livro The Bestiary of Christ.

um pouquinho do processo : )

as folhas tomando banho de sol

Espera mais um pouquinho antes de sair dessa publicação, por favor… Tenho algo a anunciar… Bem, se você gostou do meu trabalho e gostaria de ter também um caderninho artesanal, é só clicar aqui! Eu abri encomendas para cadernos feitos completamente à mão! Nomeei esse em específico de Descanso do Cervo. Mas como são encomendas, posso fazer algo mais do seu jeitinho.

Muito obrigada pela atenção e por sua visita. ♡

Flores silvestres e borboleta




Duas flores silvestres que costumo encontrar em minhas explorações. A azul se chama erva-de-santa-luzia (Commelina erecta), enquanto a amarela se chama botão-de-ouro, (Galinsoga quadriradiata). A borboleta é da espécie Heliconius ethilla narcaea. Recentemente, observei um exemplar desta espécie depositando ovos em uma folha de planta herbácea. Mal posso esperar para daqui há um tempo surgirem as lagartas e consequentemente mais borboletas!

Obrigada pela visita. ♡

Seis meses sem fazer compras

Chegou dezembro e já estou pensando em resoluções para o próximo ano, mesmo que eu não consiga cumprir todas, não deixa de ser divertido fazer planos! (mas eu vou ter que cumprir sim, eu sou uma mulher de palavra!!)

A primeira coisa que pensei foi em tentar ser menos consumista… Onde eu gasto mais dinheiro? Em livros!! Eu tenho alguns que adquiri há um tempinho e ainda não li uma página. Isso realmente será um grande desafio porque quando eu tinha um dinheirinho sobrando, de repente eu atendia uma ligação com a seguinte mensagem: olá, entrega da Amazon! Foi desse modo que adicionei alguns exemplares em minhas prateleiras.

Bem, falando desse modo parece que considero que foi uma besteira da qual me arrependo. Não é isso. Eu estou bem feliz de estar conseguindo fazer a minha biblioteca particular de pouquinho em pouquinho. Mas eu quero que isso seja mais refinado: trazer um livro novo que eu tenha certeza que vou desejá-lo sempre em meu acervo. Pois eu já troquei em sebos alguns que não tive vontade de reler.

Com o tempo, eu fui refinando o meu gosto e aprendendo o que realmente é algo de valor para mim, ao menos. Eu gosto de livros ilustrados dos meus ilustradores favoritos, sobre assuntos que gosto de estudar e literatura clássica. Nestas três categorias eu poderia subdividir em mais tantas outras.

Então para começar, separei seis livros que tenho e ainda não li. Estou deixando as expectativas bem baixas do que posso comprar ou não, de livros que tenho para ler etc. A medida que os meses forem passando, acho que farei uma publicação documentando a minha experiência que consiste em passar pelo menos seis meses sem comprar. Alguém quer embarcar nessa comigo?

Os exemplares que pretendo ler antes de adquirir um novo livro

Em dezembro já decidi fazer o desafio e portanto iniciei a leitura de Os Demônios. Esse livro comprei na livraria no segundo semestre de 2023. Ah, eu também desejo muito concluir esse desafio que fiz para esse ano e não consegui chegar nem na metade *pausa dramática e peço um momento*. Só concluí dois livros e outros dois estão na metade. Em minha defesa, é porque eu acabei me interessando por outras coisas ao longo do ano e também houveram muitos dias que não li por causa do vício em rede social (algo que já relatei em algumas publicações por aqui). Então um deles está aí nessa foto acima. Enfim, continuando…

O que não comprar de jeito nenhum:

Livros
Material de bijuteria
Maquiagem
Tecidos

No que posso gastar:

Material para organizar meus estudos
Material de desenho e pintura
Investir na minha loja

Observação: esse desafio e publicação foram inspirados nessa tag #umanosemfazercompras

Obrigada pela visita. ♡

Gotas no bosque: ainda pensando no homem do subsolo…

Eu acabei compartilhando um pouquinho do que conheço sobre simbolismo astrológico no encontro sobre Memórias do Subsolo. Bem, apenas assimilei o Homem do subsolo com o planeta Saturno, pois este é muito associado a lugares escuros, como cavernas e florestas densas, ele é lento e simboliza aquela pessoa que se recolhe por anos e por isso adquire sabedoria. Um bom exemplo é Santo Antão e os demais monges do deserto, ou os monges que se isolaram em florestas, ou montanhas… Entretanto, o Homem (não sei como chamar a personagem) não fez bom uso de sua sabedoria, ele se fechou em si mesmo. Isto o tornou amargurado e extremamente egocêntrico. Observamos que logo no começo, este personagem fala que é doente do fígado. Simbolicamente, o fígado é associado aos sentimentos, e quando a bile negra é o humor que predomina sobre os outros, surge o temperamento melancólico. Este temperamento também lembra muito o símbolo de Saturno, a lentidão, o rigor, a interiorização… Já li alguns autores que dizem que o temperamento ocorre quando existe um desequilíbrio no organismo e que isso pode ser amenizado por uma alimentação adequada. O temperamento melancólico é caracterizado por ser frio e seco (terra), então ele deve ingerir alimentos quentes e úmidos (ar), por exemplo, castanhas, manteiga, azeite, doces.

Bem, é impressionante como bons escritores são um leque de conhecimento! Obrigada, Dostoiévski! E para finalizar: acho que essa amargura toda podia ter sido curada por um sorvetinho.

Memórias do Subsolo – Fiódor Dostoiévski

“Aproximemo-nos, pois, de coração sincero, cheios de fé, com o coração purificado da má consciência e o corpo lavado com água pura.”
― Hebreus, 10,22

Minha leitura mais recente (e que leitura!) foi Memórias do Subsolo. Aqui eu disse que foi um livro que mexeu muito com a minha alma, e eu acredito que isso acontece com todos os que se aventuram pelo subsolo, guiados por um personagem misterioso.

A personagem principal também é o narrador da história, portanto, todos os acontecimentos relatados são do ponto de vista do Homem do subsolo, e isso significa que talvez ele imaginou e exagerou coisas sobre os acontecimentos, ou não… O romance é uma espécie de diário composto por anotações onde descreve sobre a sua vida e sobre os seus pensamentos. Por se tratar de um diário, a personagem sente-se livre e à vontade para escrever o que há de mais profundo em seu íntimo, então o narrador revela suas falhas, contradições e reflexões. Pois bem, estas reflexões são dotadas de uma grande sensibilidade, ouso nomear desta maneira porque me refiro a sensibilidade em alcançar o cerne de sua própria alma.

É de impressionar, a nós leitores, o quanto ele compreendia sobre o que a perversidade pode causar em um ser humano. Ele é um homem amargurado, que se ofende por qualquer banalidade, se ofende ao ponto de desejar levar a ofensa até as últimas consequências e, ao mesmo tempo, ele se envergonha de não conseguir alcançar essas últimas consequências, de não ser capaz de ser um inseto (como o próprio se auto refere). Seu íntimo está mergulhado nas ideias vigentes da época, o niilismo, o romantismo, o racionalismo e o existencialismo. Vamos por parte, inicio pelo existencialismo.

O existencialismo é uma filosofia que afirma que os humanos devem procurar encontrar significado, identidade e moralidade em um universo sem sentido e incompreensível. A pessoa existencial luta para compreender quem ela é e como essa identidade se encaixa em um universo incognoscível.

O racionalismo estava na moda também na Rússia durante o século XIX, esta filosofia fundamentava que o homem é inatamente bom, portanto, se ele agir racionalmente e pensando nos seus próprios interesses, o mundo se tornaria perfeito. Na Rússia, o principal porta-voz desta filosofia foi Nikolay Chernyshevsky, que popularizou as suas ideias no seu livro de 1863, What Is to Be Done? E o Memórias do Subsolo é também uma resposta para este livro. Dostoiévski, por ser um ortodoxo convicto, não acreditava nesta filosofia. Os santos do Oriente viam o pecado original como uma consequência da desobediência de Adão, e apesar de ter deixado uma mácula em seus descendentes, não era ao ponto de apagar a centelha de bondade pois o homem foi criado a imagem de Deus. Então, quando o homem trabalha pela bonda, a graça divina o ajuda. Bem, não vou me delongar tanto nesse assunto, mas eu acho importante ter uma noção a respeito, pois para entender o texto, tenho que entender o autor…

O romantismo também foi criticado pelo autor. Esta corrente se oponha ao iluminismo, ao progresso científico. Os românticos rejeitavam absolutamente o racionalismo e abraçavam completamente o instinto, o sentimento, a natureza. Há um tempo escrevi um pouquinho sobre Anna Kariênina e as influências de Tolstói que inspiraram o romance, por algum motivo, acredito que se encaixa nesse assunto porque em Walden (Henry David Thoreau) há bastante exaltação pela natureza, algo bem romântico.

Por fim, o niilismo, o grande alvo! Para a ortodoxia, o combate contra o demônio é algo contínuo e o intelecto está “despedaçado” pelo mal (por causa da ação demoníaca sobre a alma), causando dificuldade em se concentrar, então o ser humano precisa se concentrar em algo para conseguir se distanciar da decomposição do intelecto. Então para o Dostoiévski, os ateus não percebem que a morte (do corpo) não é a principal forma de decomposição do homem. Esta é a essência do niilismo. Então, é como se o autor estivesse colocando um espelho diante de um niilista para fazê-lo ver o que esta ideia é capaz de causar na alma se a pessoa quiser levar esta filosofia adiante, de realmente pô-la em prática.

A influência religiosa é muito nítida em todos os livros do Dostoiévski que são considerados de sua fase madura. Os seus personagens são caracterizados com uma elevada consciência de si mesmos e tal fato os destroem, inevitavelmente, porque eles se recusam a suportar o tormento de viver uma vida sem esperança e tornam-se como insetos vivendo no escuro do subsolo. Mas alguns encontram a luz da vela.

Eu decidi desenhar uma vela no escuro e mariposas ao redor porque a consciência de si mesmo é uma graça divina, o fogo é também símbolo do divino (o fogo sempre se ergue para o alto, purifica objetos, cauteriza etc) e as mariposas são símbolo do pecado. Acredito que, simbolicamente, consegue resumir a novela

O pobre homem do subsolo me fez imaginar que este subsolo onde se encontra é um lugar escuro, e o escuro desvanece a visão. Mas um lugar escuro precisa de luz para que se possa ver o que há no ambiente, então usamos uma vela e o fogo para iluminar. Este fogo é sempre sublime, pois se levanta para o alto… O pobre homem do subsolo fechou em si mesmo e não pôde olhar para o fogo da vela se erguendo para o céu.

Obrigada pela visita. ♡

Sebo da Mimi

“Happiness is a warm puppy.”
― Charles M. Schulz

Adquiri dois livrinhos da coleção do Peanuts graças a uma amiga que iniciou um sebo online. O endereço online é este aqui para alguém que, assim como eu, ama visitar sebos presencialmente ou online e garimpar algo com um preço camarada.

Vou deixar uma parte da apresentação do sebo (eu achei uma fofura). Realmente, as bibliotecas são espaços mágicos, eu amo o ar que elas difundem e muitas vezes elas são o único acesso que uma pessoa pode ter a literatura. Quanto aos sebos, é uma maneira maravilhosa para começar a sua biblioteca particular. Espero que encontre algo de seu interesse na Mimi’s House.

“(…) Sou uma aspirante a livreira e moro e cresci numa cidade sem livrarias físicas até hoje, meu único acesso sempre foi a biblioteca, está vendo? Mas hoje também sou adepta as livrarias e sebos virtuais da internet, muito benéficos pra quem mora a distância das grandes cidades. Esse espacinho especial aqui é pra você que procura um livrinho usado/seminovo pra começar sua coleção, foi assim que comecei a minha, e era mágico quando cada livro chegava e, pronto: mal feito, feito! ♡ conquistou meu coração e espero que a magia dos livros em seus vários formatos alcance você”.

Obrigada pela visitia. ♡

Gotas no bosque: o natal, última leitura e música

Esta semana montamos a nossa primeira árvore de Natal! Estou muito feliz por termos conseguido tal feito, as luzes desta época são encantadoras e combinam muito com a estrela guiando para o Menino Jesus.

Também estou participando do meu primeiro clube de livro com mais duas amigas. A primeira leitura foi Memórias do Subsolo, do meu querido Dostoiévski. Esta leitura revolveu algo em minha alma porque o personagem principal (não sabemos qual é o seu nome) faz reflexões tão profundas sobre sentimentos ruins que o ser humano é capaz de alimentar. É algo muito angustiante, e apesar de causar esta sensação, você simplesmente não consegue largar o livro!

Escrevi algumas considerações a respeito enquanto fazia a minha leitura: O homem do subsolo demonstra ter uma sensibilidade profunda sobre o que os prazeres perversos deixam na alma. Há também um pensamento bastante realista, aos moldes científico, incapaz de conter uma gota de algo mais elevado, de algo sublime. Ao mesmo tempo, este realismo lhe desagrada a ponto de desejar lutar contra ele, como se estivesse querendo que o céu se torne verde. Este homem do subsolo sofre de uma estima de si mesmo muito baixa. Seu julgamento para com os outros é muito elevado, pois ele considera todos os demais merecedores de desprezo e, portanto, não se interessa pelos seus semelhantes. Ele diz que é a vaidade que causa o desprezo para consigo mesmo e para com os demais.

Outra coisa que me deixou marcada foi que eu descobri esse feat incrível da Sandy com o Angra. Como assim eu não sabia dessa preciosidade?? Uma vergonha para o meu eu metaleira/rockeira.

Ah, eu resolvi criar uma categoria chamada “Gotas no bosque” para publicações que são curtinhas, e como eu não tenho nenhuma rede social para fazer tal atividade, uso meu blog com esta nova categoria. A verdade é que eu sinto falta de um lugar na internet com as funções do Twitter ou do Tumblr, onde existe a possibilidade de escrever umas coisinhas miúdas despreocupadamente (ou não haha). Às vezes o blog me dá a sensação que aqui só se deve publicar textos, coisas mais longas… Bom, e como eu não quero voltar para estas redes por diversos motivos, então farei aqui o meu próprio “Twitter”. Até mais!

Obrigada pela visitia. ♡