Páscoa

O Nascimento de Cristo é a eucatástrofe da história do Homem. A Ressurreição é a eucatástrofe da história da Encarnação. Essa história começa e termina em alegria – Sobre Estórias de Fadas, J.R.R. Tolkien.

No começo desse ano eu consegui ler dois livros da Bíblia. Um deles foi o Êxodo. Eu fiquei surpresa comigo mesma por ter gostado TANTO desse livro. Entre tantas aventuras acontecendo, o que despertou muito minha atenção foram duas coisas: a primeira é que a primeira pessoa descrita a ser cheia do Espírito de Deus foi um artista, o Baseleel (ai, eu tô me achando porque eu sou artista também) e a segunda coisa é que no Capítulo 13, Deus institui a Páscoa para que os israelitas sempre lembrem do dia que foram libertados do Egito. Deus, no versículo 4, diz que hoje eles saem do Egito, no mês das espigas. O mês das espigas começa na lua nova que segue o equinócio de primavera… O signo de áries é o que está no céu quando começa a primavera, e o seu símbolo é que o carneiro utiliza os chifres para lutar e abrir caminhos. Além disso, é também um animal que representa coragem, agressividade e liderança, uma vez que é o responsável por coordenar o rebanho. Foi exatamente isso que Moisés fez com o povo de Deus. Inclusive, Moisés também pode ser representado com uns chifres.

Então é por isso que no mês de março desenhei um carneirinho. E escolhi as flores papoula por causa da sua cor, um vermelho muito vibrante que me lembra coisas alegres.

Preferi fazer algo bem primaveral, apesar de no hemisfério sul ser outono, justamente pela Páscoa.

Observação: eu escrevi um pouco sobre Beseleel aqui.

Obrigada pela visita. ♡

Sr. Carteiro: Cartinhas de Páscoa

Para celebrar a Ressurreição de Cristo, enviei cartinhas de Páscoa e uns presentinhos para minhas amigas porque elas fazem aniversário por essa época e uma mais adiante. Foi uma imensa alegria fazer cada detalhe com a intenção de deixar tudo alegre! Afinal, estamos celebrando o acontecimento mais hiper mega power do mundo inteiro!! Uma festa que está disputando o primeiro lugar com o Natal hehe.

Decidi enviar flores pintadas à mão em um papel para que elas pudessem usar conforme suas criatividades, decorar o diário, por exemplo. Ultimamente eu fiquei muito entusiasmada em pintar com tinta acrílica, o que resultou nas flores, nas duas lebres e em dois cartões, um de coelho e um outro de Cordeiro de Deus.

Realizei o meu sonho de selar cartas com cera! Era algo que eu desejava há muito tempo e finalmente pude exercer esta atividade tão delicada. É muito satisfatório carimbar a cera.

E enviei umas bolsinhas que costurei e bordei. Dentro dela havia um presente que eu nem tirei foto. Eram doces e um colar de tulipa.

O cartão com o Cordeiro e a Cruz são de aquarela. Pintei a florzinha “snowdrop” porque ela é uma flor que surge no final do inverno e começo da primavera e muitas vezes transpassa a camada de neve sobre o solo. Então eu a vejo como símbolo de esperança e pureza, tudo o que Cristo e a Páscoa são.

O próximo domingo já será o Domingo de Ramos, então falta pouco para o dia da Páscoa, não sei se farei alguma publicação por aqui neste dia… Então desde já deixo o meu desejo de Feliz Páscoa para todos!

Obrigada pela visita. ♡

Descanso do Cervo – pintura em tela

Oii! Eu comecei a fazer pintura em tela com tinta acrílica para vender. Vim aqui divulgar a primeira que eu fiz, inspirada em uma ilustração de aquarela e lápis de cor que fiz há um tempo. Características do produto:

Pintura em tela
Dimensões: 22x16cm
Tinta acrílica

Para adquirir é só comprar na lojinha do Bosque. Bosque do Robin Loja

Também adicionei o produto no enjoei. O problema é que tive que aumentar o valor porque esse site cobra uma comissão bem alta. Mas enfim, espero que dê tudo certo e penso em fazer mais telas com o objetivo de vender.



Obrigada pela visita. ♡

Janeiro

“Veio então o velho Janeiro, bem embrulhado
Em ervas daninhas para se proteger do frio.
Mas, para o vencer, bamboleava-se e tremia,
Soprava nos dedos, tentando aquecê-los.
Eles, porém, estavam dormentes, por terem segurado,
Todo o dia, um machado afiado que derrubara
Árvores e cortara ramos inúteis.”

– A Rainha das Fadas, Edmund Spenser.

Para mim, janeiro faz o coração palpitar de entusiasmo para pôr em prática novas resoluções. É um mês de alma primaveril, pois nos move a ter bons pensamentos diante do novo, carrega consigo a alegria da novidade, trás também as raízes de que tudo muda em tudo aquilo que permanece igual. Esperando guardar o calor úmido da primavera eternamente em nossos corações.

Também penso que no dia 01 deste mês, nós cristãos, recitamos o Veni Creator Spiritus. Penso eu que faz todo o sentido esta indulgência acontecer neste dia porque o Espírito de Deus renova todas as coisas! Eu associo o Espírito Santo a primavera e ao ar, por causa da sua leveza e alegria. Bom, não é nada tão profundo, mas tentei expor um pouco no que tenho pensado no começo deste dia.

Bem-vindo, amigo Janeiro.

Obrigada pela visita. ♡

Meu primeiro caderninho

Tenho sonhado com aromas cor de verde, cor do limite de florestas e de campos. Aqueles lugares que não são completamente escassos de luzes, mas ao mesmo tempo também não são incandescentes da luz solar. Eis que despertei deste sonho e fui concretizá-lo à meu modo… Tenho desejado organizar meus papéis onde escrevo os meus estudos, pensei em dar início a um fichário, mas acabei por me decidir por um caderno.

As folhas do miolo são papel ofício tamanho A4 que foram dobrados ao meio. A cor delas remete a um lugar empoeirado, antigo… Consegui obter com café. A capa é forrada com tecido linho misto na cor cru. Os desenhos foram todos feitos à mão. Por dentro as cores são de tinta guache e sobre o tecido há pinceladas de tinta própria para tecido. Eu não possuía todas as cores, mas fiz algumas misturas para obter o que havia em meu coração.

Acho que o resultado se tornou simples e delicado. No momento estou pensando o que escreverei nele… Se uso como um diário pessoal ou para anotar os meus estudos do livro The Bestiary of Christ.

um pouquinho do processo : )

as folhas tomando banho de sol

Espera mais um pouquinho antes de sair dessa publicação, por favor… Tenho algo a anunciar… Bem, se você gostou do meu trabalho e gostaria de ter também um caderninho artesanal, é só clicar aqui! Eu abri encomendas para cadernos feitos completamente à mão! Nomeei esse em específico de Descanso do Cervo. Mas como são encomendas, posso fazer algo mais do seu jeitinho.

Muito obrigada pela atenção e por sua visita. ♡

Memórias do Subsolo – Fiódor Dostoiévski

“Aproximemo-nos, pois, de coração sincero, cheios de fé, com o coração purificado da má consciência e o corpo lavado com água pura.”
― Hebreus, 10,22

Minha leitura mais recente (e que leitura!) foi Memórias do Subsolo. Aqui eu disse que foi um livro que mexeu muito com a minha alma, e eu acredito que isso acontece com todos os que se aventuram pelo subsolo, guiados por um personagem misterioso.

A personagem principal também é o narrador da história, portanto, todos os acontecimentos relatados são do ponto de vista do Homem do subsolo, e isso significa que talvez ele imaginou e exagerou coisas sobre os acontecimentos, ou não… O romance é uma espécie de diário composto por anotações onde descreve sobre a sua vida e sobre os seus pensamentos. Por se tratar de um diário, a personagem sente-se livre e à vontade para escrever o que há de mais profundo em seu íntimo, então o narrador revela suas falhas, contradições e reflexões. Pois bem, estas reflexões são dotadas de uma grande sensibilidade, ouso nomear desta maneira porque me refiro a sensibilidade em alcançar o cerne de sua própria alma.

É de impressionar, a nós leitores, o quanto ele compreendia sobre o que a perversidade pode causar em um ser humano. Ele é um homem amargurado, que se ofende por qualquer banalidade, se ofende ao ponto de desejar levar a ofensa até as últimas consequências e, ao mesmo tempo, ele se envergonha de não conseguir alcançar essas últimas consequências, de não ser capaz de ser um inseto (como o próprio se auto refere). Seu íntimo está mergulhado nas ideias vigentes da época, o niilismo, o romantismo, o racionalismo e o existencialismo. Vamos por parte, inicio pelo existencialismo.

O existencialismo é uma filosofia que afirma que os humanos devem procurar encontrar significado, identidade e moralidade em um universo sem sentido e incompreensível. A pessoa existencial luta para compreender quem ela é e como essa identidade se encaixa em um universo incognoscível.

O racionalismo estava na moda também na Rússia durante o século XIX, esta filosofia fundamentava que o homem é inatamente bom, portanto, se ele agir racionalmente e pensando nos seus próprios interesses, o mundo se tornaria perfeito. Na Rússia, o principal porta-voz desta filosofia foi Nikolay Chernyshevsky, que popularizou as suas ideias no seu livro de 1863, What Is to Be Done? E o Memórias do Subsolo é também uma resposta para este livro. Dostoiévski, por ser um ortodoxo convicto, não acreditava nesta filosofia. Os santos do Oriente viam o pecado original como uma consequência da desobediência de Adão, e apesar de ter deixado uma mácula em seus descendentes, não era ao ponto de apagar a centelha de bondade pois o homem foi criado a imagem de Deus. Então, quando o homem trabalha pela bonda, a graça divina o ajuda. Bem, não vou me delongar tanto nesse assunto, mas eu acho importante ter uma noção a respeito, pois para entender o texto, tenho que entender o autor…

O romantismo também foi criticado pelo autor. Esta corrente se oponha ao iluminismo, ao progresso científico. Os românticos rejeitavam absolutamente o racionalismo e abraçavam completamente o instinto, o sentimento, a natureza. Há um tempo escrevi um pouquinho sobre Anna Kariênina e as influências de Tolstói que inspiraram o romance, por algum motivo, acredito que se encaixa nesse assunto porque em Walden (Henry David Thoreau) há bastante exaltação pela natureza, algo bem romântico.

Por fim, o niilismo, o grande alvo! Para a ortodoxia, o combate contra o demônio é algo contínuo e o intelecto está “despedaçado” pelo mal (por causa da ação demoníaca sobre a alma), causando dificuldade em se concentrar, então o ser humano precisa se concentrar em algo para conseguir se distanciar da decomposição do intelecto. Então para o Dostoiévski, os ateus não percebem que a morte (do corpo) não é a principal forma de decomposição do homem. Esta é a essência do niilismo. Então, é como se o autor estivesse colocando um espelho diante de um niilista para fazê-lo ver o que esta ideia é capaz de causar na alma se a pessoa quiser levar esta filosofia adiante, de realmente pô-la em prática.

A influência religiosa é muito nítida em todos os livros do Dostoiévski que são considerados de sua fase madura. Os seus personagens são caracterizados com uma elevada consciência de si mesmos e tal fato os destroem, inevitavelmente, porque eles se recusam a suportar o tormento de viver uma vida sem esperança e tornam-se como insetos vivendo no escuro do subsolo. Mas alguns encontram a luz da vela.

Eu decidi desenhar uma vela no escuro e mariposas ao redor porque a consciência de si mesmo é uma graça divina, o fogo é também símbolo do divino (o fogo sempre se ergue para o alto, purifica objetos, cauteriza etc) e as mariposas são símbolo do pecado. Acredito que, simbolicamente, consegue resumir a novela

O pobre homem do subsolo me fez imaginar que este subsolo onde se encontra é um lugar escuro, e o escuro desvanece a visão. Mas um lugar escuro precisa de luz para que se possa ver o que há no ambiente, então usamos uma vela e o fogo para iluminar. Este fogo é sempre sublime, pois se levanta para o alto… O pobre homem do subsolo fechou em si mesmo e não pôde olhar para o fogo da vela se erguendo para o céu.

Obrigada pela visita. ♡

Sr. Carteiro: Cartinhas Temáticas Taylor Swift

“So, make the friendship bracelets, take the moment and taste it”

Duas amigas concordaram com a idéia de trocarmos cartas temáticas, é uma maneira de estarmos de algum modo participando da The Eras Tour, pois infelizmente eu não vou. As cartinhas são para substituir a troca de pulseiras que ocorre no show. Tentei reunir elementos que associo a elas, fiz duas aquarelas da Taylor e escrevi trechos de músicas na máquina de escrever.

Queria enviar também algo que lembrasse da nossa fé, então eu tinha material de bijuteria e umas pedrinhas naturais e desta forma surgiu o terço de uma década. Queria algo  delicado e também prático.

Não posso deixar de mencionar o quanto eu fiquei encantada com a beleza da pedra morganita! Eu amo tanto as pedras e como eu fico feliz por Jesus ter criado tantas coisas lindas para os meus olhos. A beleza destas pedrinhas explodiu meu coração de encanto, ela me fez sentir em mundo etéreo.

“The best people in life are free” é um trecho de “New Romantics”. Escolhi essa frase para o envelope por causa do avatar que usamos no chat do grupo que tem a frase “I am cringe, but I am free”. A nossa amizade começou principalmente por causa da Taylor, mas também porque nos sentíamos um tanto “tímidas” diante dos demais por causa dos nossos gostos e modo de pensar. Então esse espaço iniciou como um fórum para falar sobre o que gostamos sem receio e acabamos nos tornando amigas. Obrigada, Taylor!!

Também adicionei ilustrações do Snoopy que veio junto de um livro de colorir da Turma do Charlie Brown. Eu estava na faculdade nessa época quando fui em uma loja com artigos de papelaria e comprei só porque era desse personagem. Quem não ama esse cachorro, não é?! Mas eu sempre tive pena de usar e guardei durante todo esse tempo, e estou feliz porque elas estão indo para outras fãs do Snoopy hehe.

Resolvi criar uma nova categoria no Bosque chamada “Sr. Carteiro”. Acho que irei usá-la para publicações sobre algo que enviei e também sobre algo que recebi. Também criei uma chamada “Arte” para coisinhas que fiz, mas que não são necessariamente uma aquarela. Será quase como os gregos viam a arte: qualquer objeto feito por mãos humanas (elfos, vocês também são artistas!).

Ao abrir o envelope, encontra-se um trecho criado por algum swiftie fazendo referência a música “Tim McGraw”. É sempre uma alegria ser lembrada, mas é ainda mais se for por causa de algo que gosto. Pode ser qualquer coisinha que gosto! No final, selei os envelopes com cera de vela e adicionei pétalas de uma rosa que desabrochou no quintal de casa. Ah, ia esquecendo! A cor do envelope era um creme clarinho, mas eu tingi com hibisco e ele ficou nesse tom de rosa delicado. Enquanto os papéis dos trechos das músicas eu tingi com café.

uma foto melhor do terço e da morganita :3

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Bambi – Felix Salten

“Sim, a vida era mesmo difícil e cheia de perigos,
mas viesse o que viesse, ele aprenderia a suportar tudo.”

Regressei a este livro porque a primeira vez que o li senti algo que não consiguia explicar. Embora o conteúdo tenha se desvanecido um pouco em minha memória, a lembrança daquele forte sentimento surgia sempre que eu lembrava de Bambi. Então resolvi reler em busca de recordar o porquê senti-me daquela maneira.

Então concluí a minha releitura e mais uma vez a literatura me faz sentir inclinada a registrar as minhas primeiras impressões, estas que tenho antes de pesquisar a respeito do autor e de sua obra. Recordo do sentimento que se impregnou na minha alma quando o li pela primeira vez, foi como um perfume de alguma flor vespertina que se abriu e eu não soube identificar a sua espécie. Mas neste momento sei exatamente o porquê, e creio que hoje posso balbuciar alguma palavra para descrever: uma experiência espiritual.

Não é espiritual no sentido de ver um fantasma, mas é algo que acontece no fundo do nosso ser, principalmente pelo próprio livro mencionar algo que está para além da natureza, de animais, de carvalhos, esquilos, lagos, raposas e cervos.

A história se inicia com o nascimento do Bambi, durante a primavera. Ele vai crescendo e descobrindo o mundo, descobre que há perigos neste mundo! Entre tanta vida, há também a morte, a mudança do tempo percebida pelas estações… Tudo muda, mas também tudo permanece igual. Os cervos nascem, mas nenhum é igual ao outro. E dentro desse universo há a perseguição que “Ele” faz às demais criaturas

“Ele” é o perigo e o perseguidor. Ele é pálido e sem pelos, possui três braços, e quando está com o terceiro, é sinal de grande risco. Embora pareça que o perigo venha somente de fora da floresta, dentro dela há as suas próprias nocividades. Uma pata deve se manter sempre alerta por causa das raposas; o esquilo igualmente, por causa das corujas. E esse mundo tão austero, aparentemente, é também regido por uma ordem, a lei da natureza. Mas um dia todos viverão em harmonia, um dia “Ele” irá brincar com os cervos e todas as demais criaturas do mundo porque o Criador de todos ressuscitou e renova todas as coisas.

O autor Felix Salten criou esta alegoria antropomórfica de si mesmo sobre a sua fuga para a Suíça na época da Segunda Guerra Mundial. Ele e sua família eram judeus. Inclusive, Hitler censurou o seu livro durante o regime nazista. Após eu ter lido sobre a obra, vi com outros olhos a leitura. Embora a minha primeira impressão não tenha sido de todo tão fora do propósito do autor.

Algumas coisas curiosas que percebi, o Bambi começa a sua vida sendo bastante curioso e entusiasmado por conhecer outros animais e ao longo de seu amadurecimento, ele vai preferindo ficar sozinho, abrindo uma exceção para a companhia do Velho Cervo, uma espécie de sábio da floresta. E é este velho sábio que ensina ao Bambi que o caçador não é maior que tudo e todos, que ele também morre e sente medo como os seus amigos da floresta. Então há Alguém que é maior que “Ele”, e é esse Alguém responsável pela criação de tudo o que existe.

Estava olhando fotos de “journaling” com o tema literatura e desejei fazer o mesmo. Que bom que o meu primeiro jornal literário tenha sido Bambi, pois é um dos meus livros favoritos, embora eu ainda não tenha nenhum exemplar. Ah, também decidi reler neste ano porque a obra está completando cem anos!! A aventura que vivi dentro do mundo do Bambi deixou-me feliz com as belas descrições da natureza, em especial o capítulo poético de duas folhas conversando e o anúncio do inverno. Senti também bastante aflição em alguns momentos e ao mesmo tempo esperança.

Edição II e umas notas aleatórias:

Bem, eu sou muito interessada em animais e eu estou sempre buscando (ou achando “do nada”) sobre algum santo que teve experiências com animais ou ensinou sobre como será a criação após a ressurreição dos corpos… Sei que este último é um assunto tratado pelos primeiros padres da Igreja, e infelizmente eu ainda não encontrei… Vou ter de ler a Patrística toda, pelo visto (risos). Já vi alguém dizer que São Máximo, o Confessor, escreveu a respeito de que Deus renovará todas as coisas, inclusive os animais, vegetais, corpos celestes, enfim, tudo o que Ele criou. E com a leitura deste livro, fiquei ainda mais obcecada em encontrar, mas por enquanto, eu acabei conhecendo umas histórias sobre São Francisco de Paula. Ele também foi alguém bastante interessado por animais e possuía um peixe e um cordeiro de estimação. Estes animais morreram e o santo rezou para Deus pedindo que devolvesse a vida aos seus bichinhos de estimação. E Deus, comovido com a sua humildade, lhe concede esta graça. O peixe se chamava Anatonella e o cordeiro Martinello. Também lembrei de São Francisco de Assis e o lobo selvagem que andava atormentando os moradores de Gubbio. Este santo selou a paz entre as pessoas e o lobo, o que me faz pensar: como os santos nos mostram com sua vida e devoção a Deus de como será na vida vindoura, acredito que a paz seja uma delas, até mesmo a paz entre “caça e caçador”.

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A primeira vez usando argila

Há uns dias eu dei início a uma nova forma de arte e fiquei bastante empolgada! Foi a primeira vez que utilizei argila para modelar algumas coisinhas. Já havia modelado com massa de biscuit, mas lá no fundo eu não gostava muito porque eu fazia massa caseira e ela sempre ficava extremamente rachada, ou talvez, na época eu não tinha muita técnica, risos. De qualquer modo, esta experiência com a argila já me fez querer usar somente este material!

Como sou uma iniciante, não me aventurei a fazer algo muito complicado. Pesquisei alguns tuturiais e gostei muito de uma paleta para artistas, o que combina muito comigo.

Os detalhes

A princípio, não gastei com acessórios, apenas adquiri a massa que é o principal e uma resina para a finalização. No futuro, eu pretendo adquirir os materiais porque eles facilitam muito! Então todo o resto eu improvisei com objetos que já haviam em casa. Um caderno velho para ser a base; um rolo; uma faca e uma colher de chá que ninguém usa; uma tampa de caneta esferográfica para cavar; uma régua de 30cm; uma xícara com água para umedecer os dedos e fazer o acabamento; um carretel de linha para fazer um círculo perfeito e um molde que fiz em papel comum.

Tive que esperar uns 3 dias para ela secar por completo e iniciar uma pintura. Ah, eu cobri a paleta com um papel para que não caísse nenhuma poeira ou qualquer outra coisa e a deixei quietinha sobre a mesa. Então quando ela já estava endurecida, comecei a pintar. Usei tinta guache e pincéis que já possuía. Quanto ao desenho foi bem difícil de escolher, pois gosto de tantas coisas! Bem, eu resolvi pintar algo que seja parte da minha “estética”. Algo muito natureza, plantinhas, animais etc. A mariposa é da espécie Actias luna e as florzinhas eu fiz pensando em tulipas, mas não sei se ficou muito parecido.

A argila após ter finalizado com os dedos embebidos com água

A pintura foi um pouquinho trabalhosa porque o objeto é pequeno, então os desenhos deveriam ser minúsculos. Houve alguns que errei e passei guache branca por cima (o que não deu muito certo no resultado final) Mas com muita paciência tudo sempre dá muito certo, mesmo eu não possuindo materias tão adequados.

A polymer clay, eu adquirei nesta lojinha da shopee. Enquanto a resina foi na Redelease. Não aconteceu nenhum problema durante o processo da compra e entrega.

Também estou empolgada com um projetinho próprio e esta aquarela é o começo! Tenho aprendido a usar o meu tempo para que todos os meus interesses recebam atenção porque quando estou obcecada por algo, eu passo o dia todo na minha obsessão. Às vezes o que está tomando conta dos meus pensamentos é alguma leitura, outras vezes alguma aquarela… Então eu deixo os outros em segundo plano. Espero aprender este novo ritmo (é realmente algo difícil).

Resolvi fazer o acabamento com resina époxi e gostei bastante do resultado. O probleminha é que a resina evidenciou a guache branca e a argila ficou escura. O lado bom é que agora eu sei o que eu não devo fazer para que eu alcance o meu objetivo! Espero que gostem do resultado da paleta! Até mais, e se Deus quiser, com mais fofurinhas de argila.

Ah, sobrou um pouquinho de resina. Então selecionei algumas plantinhas e fiz esse quadro. A forma foi um depósito de sorvete (risos). Vou usar pra decorar meu cantinho. E agora vou ouvir o 1989 (Taylor’s Version). Até mais!

Obrigada pela visita. ♡