A Primavera

Senti-me tão inspirada ao pensar nas atividades para fazer durante a primavera que eu acabei escrevendo um texto fazendo de conta que a primavera se personificou e descreveu a si mesma. Eu nao poderia permitir que esta fagulha de encanto não fosse de algum modo registrada. Agora venho aqui publicar toda a descriçao da amiga Primavera.

Sou como o começo da manhã de um dia ensolarado: raios intensos que tocam de maneira suave. A alegria reina em meu coração, tudo me soa tão maravilhoso e não compreendo como pode haver melancolia quando contemplo ao meu redor. Estou sempre tentando deixar as pessoas próximas de mim sorridentes. Sinto-me maravilhada ao saber que consegui pôr um sorriso em um rosto. Gosto de estar perto e amo companhia, assim como os prados amam que lindos cervos venham pastar em sua imensidão verde.

A minha sensibilidade é aflorada e algumas ações podem me entristecer, mas prefiro ver o bom em tudo. Dou-me sempre a chance de recomeçar, pois não me assusta muito as pedras pelo caminho, afinal, o que há por cima são flores! As crianças são as criaturas que mais me identifico e são uma fonte de inspiração para mim, elas perdoam e esquecem facilmente. Porém, às vezes o esquecer é um pequenino problema que há em mim. Adoro quando as crianças vem brincar comigo! Enquanto as vacas me assustam…

Quero apontar para tudo o que vejo e falar por horas, não é incrível viver em um mundo com tantos tipos de flores e cores? Quando olho para os pássaros sinto-me feliz, eles estão sempre a cantar e são tão fofinhos! Sinto-me lisonjeada por ser alguém que cativa criaturas tão adoráveis. Eu desejo que esta época nunca termine, amo todas as novidades que surgem a cada novo amanhecer. Amo fazer novos amigos. E desta maneira eu sou, alegre como uma abelha.

Assinado: Primavera.

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A literatura e eu

Em Cartas aos Jovens Sobre a Utilidade da Literatura Pagã, São Basílio nos fala no quanto o leitor pode tirar proveito ao observar personagens malvados ou bondosos. Quando nos damos de frente com estes personagens podemos refletir sobre o bem e o mal, sobre como o mal se apresenta e como o bem sempre triunfa, pelo menos deveria ser sempre desta maneira. Mas este detalhe é um assunto que pretendo conversar um pouco mais adiante em um outro momento.

A literatura sempre me foi agradável. Desde que aprendi a ler e a escrever, estava sempre desejando ter algo em mãos para me deliciar com a leitura. Há um bom tempo que venho tendo o desejo de me aprofundar mais nas obras, e devo esse profundo anseio após a minha primeira leitura de Os Irmãos Karamázov. O escritor Dostoiévski consegue pôr o mal e o bem de maneiras tão profundas e nítidas que acredito ser impossível não se emocionar e se alegrar quando algum personagem se arrepende de seus graves pecados, por exemplo.

Este amor pelos livros e leitura vem crescendo tanto que estou decidida a dedicar um pouco de meus estudos a este assunto. Sei que comparado ao Eterno isso não é nada, mas devo me lembrar que tanto a pedra quanto o sol servem a Deus. E apesar de uma primeira olhada numa pedra possa nos fazer pensar que ela não tem muita utilidade, na verdade se tivermos um olhar mais profundo chegaremos a conclusão de que ela possui o seu valor para onde está inserida.

Algo que li sobre a humildade é que esta virtude faz a pessoa não alçar voo mais do que sua própria natureza suporta. Ela faz um pardal voar até onde consegue e ser feliz por isso, e não se lamentar por não conseguir voar tão alto quanto um gavião. Rezo ao Senhor e a Virgem Maria para que eu possa ser útil e feliz onde Ele me colocou.

Para a primavera

Gosto muito de pensar em coisinhas para fazer durante as estações. Então juntamente com a minha amiga Alita, elaboramos uma lista de como poderíamos vivenciar os dias desta estação tão doce, pensamos em coisas que gostamos como a literatura, a natureza e qualquer outra coisa que nos fazem remeter a primavera. A minha lista ficou um pouco diferente da dela, mas alguns outros itens são bem semelhantes, como tingir o cabelo com algum chá (eu me inspirei nela, só mudei para o chá preto).

No começo deste mês estive preparando algumas cartas para enviar e eu resolvi adicionar sementes de uma erva chamada picão-preto (Bidens pilosa), relembrando uma época em que estive muito persistente em deixar o mundo mais florido, e consequentemente, mais belo! Consistia basicamente em plantar algo em algum espaço vazio que achasse pela rua por onde eu passava. Acabei percebendo que a primavera é a estação mais próxima, o que deixou meu coração super feliz porque sementes e primavera combinam tanto!

A inspiração só foi crescendo como um brotinho e eu escrevi uma pequena descrição da personalidade da primavera. Fiz de conta que esta estação estava personificada em alguma personagem, e ela se descreveu ao escrever numa folha de papel envelhecida com café.

Também plantei uma semente de girassol e fiquei bastante empolgada ao ver que a bouganvílea está crescendo tanto que já pude pegar algumas de suas folhas coloridas para extrair tinta. Também resolvi fazer isso com os musgos que revestem lindos troncos de árvores.

Outra coisa que já comecei a fazer foi pintar algo somente com pigmentos naturais. Desenhei uma tulipa utilizando os pigmentos do hibisco, feijão preto e cúrcuma. Eu obtive a cor verde fazendo uma mistura do azul (feijão preto) e amarelo (cúrcuma). Eu amei o resultado. Lembra bastante aquarelas delicadas.

Aos poucos irei montando este pequeno diário de atividades para fazer nesta estação. Estou bastante feliz e empolgada para essa nova jornada!

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A amizade de Charlotte

A Teia de Charlotte é uma literatura infantil escrita pelo autor Elwyn Brooks White. Esta leitura é bastante simples, mas não significa que não há uma grande profundidade na narrativa. Resolvi adquirir uma edição no original para ter mais contato com este idioma estrangeiro e por se tratar de um livro que já conhecia a história não tive dificuldades em lê-lo.

O livro narra a história de um porquinho chamado Wilbur, ele é o mais frágil e pequenino da ninhada. Por este motivo, o dono da fazenda, pai da garotinha Fern, decide sacrificá-lo. Fern ao saber disso, não mede esforços para salvar a vida de Wilbur. A menina argumenta que ela também nasceu pequenina e frágil e por isto, o porquinho também mercecia viver. O pai diz que há uma diferença enorme entre uma garotinha e um porco. É a partir deste momento que tentarei expressar algumas reflexões que surgiram em minha mente durante a leitura desta cena. Concordo com o pai da Fern, pois um ser humano possui muito mais dignidade que um animal, mas isto não significa que temos um “passe-livre” para maltratá-los sem nenhum motivo justo, por exemplo, a alimentação.

Fern promete ao pai que irá cuidar do porquinho, o nomeia de Wilbur e então o senhor pai permite que a menina cuide dele. O tempo passa e Wilbur fica grande demais para ser mantido dentro de uma casa. O pai da Fern decide vendê-lo aos tios da garota. Wilbur então é transportado para a fazenda e lá conhece a gansa, os carneiros, o rato Templeton e a aranha Charlotte! Nos primeiros momentos, Wilbur não consegue se adaptar muito bem, pois ele ansiava por um amigo para brincar, e nenhum animal que havia lá poderia ou não queria oferecer isto. Até que uma voz desconhecida lhe diz que será sua amiga. O porquinho fica extremamente feliz, mas não consegue ver a dona daquela voz. Charlotte lhe diz para ir dormir que no dia seguinte ele iria vê-la. Deste momento em diante é construído (ou tecido) uma linda amizade.

Neste momento fiquei refletindo que, geralmente, as crianças são ótimas fazedoras de amigos. Pelo menos algumas são porque quando eu era criança (e até hoje) não conseguia me ligar muito fácil aos outros que me eram estranhos. Entretanto, uma vez que eu esteja ligada espiritualmente a alguém, é um laço pelo qual eu me esforço para manter. O que me remete a pensar sobre a simplicidade e quando agimos de tal maneira, é gerado um efeito muito simples também. A Charlotte disse ao Wilbur que seria sua amiga da maneira mais prática. Não houve grandes complicações ou algum critério. Ela somente ofereceu a sua amizade.

Algo que notei e considero muito lindo nesta amizade é que a Charlotte foi dando mais sagacidade ao Wilbur. O porquinho é muito ingênuo sobre como realmente a vida é. Quando uma mosca cai na teia da aranha e a mesma suga o sangue deste inseto (o sangue dos insetos é chamado de hemolinfa), o Wilbur acha uma tremenda crueldade, e sua amiga lhe explica que isto é o seu café da manhã, e então Wilbur lhe pede para que não lhe conte mais todas estas crueldades. E a Charlotte replica: “mas é a verdade e eu tenho que dizê-la.” Ela tenta mostrar ao porquinho como são as coisas e que por mais duras que possam parecer, a verdade não deve ser negligenciada só para satisfazer os sentimentos de alguém.

Isto lembra-me a definição de amizade de Aristóteles, que foi descrita em três categorias distintas: 01) a amizade baseada na utilidade ou interesse, 02) a amizade baseada no prazer, e 03) a amizade baseada na virtude. Neste primeiro diálogo entre estas duas personagens já dá para perceber que a Charlotte não faz parte de modo algum do tipo 02, porque ela disse a verdade. Ela preferiu “correr o risco” de provevelmente o Wilbur não simpatizar muito com ela, do que se manter no prazer de ser bem vista ou aceita por parte do outro, ou quem quer que seja. Mas vale ressaltar, que ela expressou a verdade de uma maneira simples e caridosa.

O verão chega e conhecemos mais a fundo uma outra personagem que merece ganhar a atenção do leitor, o rato Templeton. Ele é uma criatura que está apenas interessada em seus próprios assuntos. Ele só pensa em comida e em espiar, ele se une aos outros animais da fazenda somente se ele percebe que obterá algum tipo de vantagem. Claramente o Templeton faz parte da categoria 01 que o Aristóteles disse, a amizade interesseira, esta é baseada completamente no egoísmo.

Ainda durante o verão, o Wilbur descobre que está sendo mantido ali porque os donos da fazenda pretendem comê-lo no Natal. O porquinho fica desesperado, ele chora porque quer conhecer a neve! Então a sua amiga Charlotte lhe promete que irá tentar salvar a sua vida, ainda sem saber como, mas garante que não medirá esforços para alcançar tal objetivo. Então ela passa vários dias pensando, a mesma diz que prefere ficar sozinha porque ela pensa melhor quando está sozinha… Até que em uma manhã ocorre um milagre, há algo escrito na teia de Charlotte: “Some Pig”. Algo que pode ser em português como “um porco e tanto” ou “que porco!”. O fenômeno chamou atenção da cidade inteira. Mesmo a Charlotte sendo tão pequenina e sem a menor chance de encontrar uma solução através da força, utilizou sua inteligência para o bem de seu querido amigo.

Somente este evento não foi o suficiente para que os fazendeiros desistissem de matar Wilbur, a frase acabou não sendo interpretada como a Charlotte esperava, pois ficou parecendo que “um porco e tanto” corroborou ainda mais para ele se tornar um bacon. A amiga aranha não desistiu e continuou trabalhando e pensando no que poderia escrever em sua teia. Ela resolve pedir a ajuda de Templeton, e este, como é de se esperar, só concordou em ajudar porque recebeu algumas recompensas, como o ovo da gansa que não saiu nenhum gansinho.

Eis que a época da grande Feira da cidade vem chegando e Wilbur consegue o destaque de concorrer com outros porcos por causa das famosas palavras sobre ele na teia. A Charlotte neste momento está passando por uma situação delicada, assim pode-se dizer. Ela reluta um pouco se vai com o seu amigo ou não, e penso que é a partir deste momento que é saltado aos olhos o valor de uma amizade verdadeira. A Charlotte está o tempo todo pensando no bem estar do outro e isto é uma aprova de sua fidelidade para com o Wilbur. Aqui gostaria de mencionar que esta personagem é um exemplo do que Aristóteles disse sobre o tipo 03 de amizade: aquela baseada na virtude. E quais são as virtudes que eu consigo observar na Charlotte? Caridade, paciência, abnegação, magnanimidade, perseverança e um grande espírito de sacrifício. A Charlotte acompanha o seu amigo, pois sabe que ainda há muito o que fazer, as outras palavras ainda não foram o suficiente para salvar a vida do porquinho. Até que ela encontra a palavra perfeita: Humilde.

Uma das cenas mais belas e que eu chorei ao ler (e também quando assisto ao filme), é quando o Wilbur pergunta a Charlotte: Por que você fez tudo isso por mim? E a aranha responde: Você tem sido o meu amigo, e isso em si é uma coisa tremenda. A Charlotte é muito maravilhosa! Acredito que esta pequena passagem da história consegue resumir o que motivou a Charlotte ser tão abnegada de si mesma.

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Winnie-the-Pooh e a humildade

A humildade “é uma virtude que pertence a virtude cardial da temperança e tem por fim moderar as nossas loucas aspiraçõs de grandeza. – A Humildade, Pe. Ascânio Brandão.

A humildade regula as tendências da alma quando deseja se elevar acima dos limites da própria natureza e da graça de Deus. É também um ato de inteligência, pois é reconhecer a própria pequenez e a grandeza de Deus e, que tudo que somos ou possuímos, devemos ao nosso Criador.

Descrevo o livro Winnie-the-Pooh, do escritor A. A. Milne, como um livro recheado de pureza e que me arranca sorrisos facilmente.

O famoso Pooh, um ursinho simples e inocente que vive no Bosque dos Cem Acres me faz lembrar bastante das virtudes da humildade e simplicidade. E eu decidi escrever um pouquinho unindo coisas que amo: literatura, ilustrações, virtudes e tudo o mais.

Em um mundo com tantas pessoas grandes que estão muito atarefadas em parecerem alguma coisa, uma delas é o quanto são inteligentes, gosto de volver o meu olhar a esta figura tão simplória quanto um urso que ama balões vermelhos. Até os seus gostos são singelos!

O próprio Pooh se descreve como “Eu sou um urso com muito pouco cérebro, e longas palavras me incomodam”. Não é uma autopiedade ou uma depreciação de si mesmo. Ele diz com tanta sinceridade e paz de espírito que é impossível não esboçar um sorriso com tamanha simplicidade. Este personagem lembra-me bastante o meu querido e amado São Francisco de Sales que está sempre me fazendo lembrar de coisas importantes. O Santo disse que “no falar, a simplicidade se manisfeta pela franqueza.” Bem, o Pooh é muito franco sobre si mesmo.

Outra frase, do santo de Sales, que fez-me lembrar: “As palavras de desprezo de si, se não saem de uma grande cordialidade e de um espírito extremamente persuadido da verdade de sua própria miséria, são a flor da mais fina de todas as vaidades: porque raramente acontece que aquele que as profere acredite nelas, ou deseje efetivamente que aqueles a quem se dizem as acreditarem.”

Dá para notar que o Pooh não é triste por ser desta maneira, pelo contrário, este personagem transmite muita leveza, execeto quando se enche de mel (risos).

Algo bastante peculiar sobre ele é que, mesmo sendo considerado um urso de pouco cérebro, ele é capaz de uma tremenda perspicácia. Por exemplo, quando ele vai até a toca do Coelho e pergunta se há alguém ali e o Coelho responde “Ninguém”, o Pooh logo pensa consigo mesmo “Deve haver alguém lá, porque alguém deve ter dito ‘Ninguém'”.

“Um pouco de consideração, um pouco de pensamento pelos outros, faz toda a diferença.” – Winnie-the-Pooh.

Minha conclusão é de que o Pooh reflete um pouquinho esta virtude. São Francisco de Sales diz que um dos aspectos da humildade é não falar de si mesmo se exaltando ou se humilhando. O Pooh não faz nenhum dos dois, ele é muito honesto e satisfeito consigo mesmo, não existe a tristeza por ser pouco inteligente etc. Ele já possui uma grandeza: pureza de coração e bondade.

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Desafio para escrever: Minha personalidade

Encontrei um desafio de textos no Pinterest para escrever com diferentes temas, o primeiro é para escrever sobre a minha personalidade. Este tema foi realmente um desafio, pois considerei bastante difícil falar sobre mim mesma. Não gosto muito de escrever ou falar sobre mim, principalmente se for em público. Sabe aquelas apresentações que se faz quando se é novato em algum lugar? Então, eu fico desesperada para não passar por isso. Bom, vamos ao texto.

Sou uma pessoa de personalidade introvertida, tímida e de aparência tranquila. Em meu interior sinto tudo o que me chega de uma maneira profunda, um ato de gentileza ou ser lembrada por algo simples me marca intensamente. Sou bastante reservada, ao ponto de ser muito difícil que me conheçam de forma mais íntima. O meu interior é muito precioso para mim e são raras as pessoas as quais consigo sentir-me à vontade e que permito que caminhem na estrada do meu coração.

Sou movida pelo meu forte senso de moralidade, procuro sempre guiar a minha vida de maneira justa e bondosa. Estou sempre tentando oferecer o meu melhor. Desejo imensamente alcançar a verdade, a beleza e a bondade. Acredito que a busca pela verdade me fez chegar até onde estou. Gosto de fazer isso por meio de muito estudo, reflexões e aprendendo com aqueles que são sábios.

Passo muito tempo pensando e observando do que falando. Sinto-me confortável em investigar sobre a vida em meus pensamentos, meditar sobre os mistérios da vida do Nosso Senhor Jesus Cristo e o Evangelho são umas das coisas que mais gosto de fazer, além de meditar sobre o que leio durante meus estudos e minhas leituras literárias. Não é raro que eu tenha uma vida de sonhos em minha mente, ao mesmo tempo que sempre tento pôr meus pés no chão. Se alguém conversar comigo sobre algo que eu amo, eu vou falar da maneira mais entusiasmada ao ponto de me arrepender depois por ter me achado uma tola.

Não ambiciono muito e sinto-me satisfeita com o que sou ou tenho, ao mesmo tempo que, ambiciono tudo o que é eterno e em tornar-me alguém melhor, em ser uma boa esposa e mãe. Sou alegre vivendo a minha rotina pacata, gosto de ter noção de como será o meu dia, que tarefas farei e detesto surpresas. Todo tipo de surpresa!

A arte e a vida intelectual despertam um enorme interesse em mim e elas possuem grande influencia na minha vida. A música, o desenho, a pintura, a escrita, a filosofia, as ciências naturais são áreas que me envolvo, tentando transmitir através delas como vejo o mundo. Sou obcecada por desenhar e colorir o mundo natural. Também amo fotografar e tornar as minhas fotografias mais artísticas. Possuo facilidade em me ater aos detalhes, e acredito que isso possibilitou minha facilidade em desenhar e observar formas geométricas e cores na natureza.

Sou muito persistente em tudo que me proponho a fazer, das pequenas às grandes coisas. Não desisto enquanto não alcanço um objetivo bom. Noto isto refletido no meu trabalho quando costuro ou desenho, por exemplo. Gosto de regras e de como devo saber me comportar em determinados ambientes ou situações porque às vezes não percebo muito as circunstâncias. Levo tudo muito a sério e dificilmente sinto-me relaxada. Sou católica e obviamente isto influencia a minha personalidade, graças a Deus.

Espero trazer os demais textos aqui em breve! Bom, isso é só uma leve pincelada dos traços de minha personalidade.

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Primeira roseira

Dentro do jardim a vi e logo meu coração encheu-se de contentamento! Pude trazê-la comigo para deixar o meu mundo, que é tão terra, provido do seu belo rosa. Eis a minha primeira roseira! Já apreciei muitas, mas nunca antes havia tido uma para cuidar e espero de agora em diante saber cultivá-la.

Não compreendo muito de rosas, e agora, que aqui há uma comigo, desejo aprender para fazê-la crescer linda e saudável, em troca, ela dará sua formosura cor-de-rosa, atrair beija-flores, abelhas e outros insetos polinizadores.

Li que é preciso deixá-las receberem o máximo de luz natural possível. Ela foi plantada em um local que há luz do sol durante o dia e durante a tarde. Aqui onde moro é inverno e ele é caracterizado por uma época de muitas chuvas, portanto, não irei regá-la. Mas quando a primavera surgir, devo regá-la somente uma vez por semana e sem molhar suas folhas. Regar mais que isto apenas se for muito necessário.

Devo esperar a roseira crescer mais, ficar um pouquinho mais vigorosa para poder colher as flores. Fiz bem em deixá-la com sua florzinha, até porque eu fiquei com muita pena de tirar.

É uma muda pequena e já estava com essa linda flor. Então imagino que à medida que ela for crescendo, mais lindos botões e flores irão surgir. Sou tão fascinada por botões de rosas!

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Alguma coisa azul…

Este tom de azul não é lindo?! Ele saiu do feijão-preto, enquanto estava preparando o almoço e não resisti de pegar aquela linda água repleta de um lindo pigmento azul para fazer alguma arte. Dá para brincar um pouco em meio os deveres de cada dia. Desta vez usei o pigmento para pintar.

Primeiro fiz o teste em um desenho que não gostei e ficou tão adorável o resultado da cor no papel que resolvi pintar um lindo pássaro azul, o que inevitavelmente me fez lembrar da época em que eu colocava nas cartas que escrevia que o meu endereço era a Rua dos Passarinhos Azuis. Apenas uma brincadeira de quem usa a imaginação para se distrair um pouco.

O modo como pigmento papel é bem simples. Escolho alguma forma retangular, ponho os papéis submersos na água pigmentada até ficarem coloridos. Depois escorro toda a água e espero toda a umidade evaporar, normalmente isso leva um dia inteiro. Na manhã seguinte, aproveito o calor do sol para secar os papéis completamente. Só então eu os removo e desta maneira não corro o risco de rasgá-los.

Usar tinta natural é sempre uma surpresa. Os outros papéis ficaram com um tom de azul bem mais suave, dá para ver no post Papéis coloridos. Fiquei super satisfeita em pintar com esta tinta. Quero muito fazer isto com outros cores que eu for extraindo e pondo no congelador para não estragarem, pois quem sabe um dia eu aprendo a fazer aquarelas naturais.

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Uma saia camponesa

Costurar à mão é uma das minhas atividades favoritas. Gosto de ações repetitivas e de qualquer trabalho que possibilita a calmaria em meu interior e exterior. A costura manual proporciona-me todas estas agradabilidades e não incomoda-me que para um projeto finalizar demore muito mais do que algo feito à máquina.

Como estou aprendendo a fazer roupas para mim mesma, então tudo bem esta demora. Eu espero algum dia poder receber encomendas quando eu perceber que estou costurando muito bem, enquanto isso, vou treinando e aperfeiçoando este trabalho tão encantador.

Resolvi tentar fazer uma saia estilo camponesa e com detalhes delicados. Infelizmente adquiri pouca quantidade de tecido, então eu tive que esquecer o super franzido ao qual desejava e as duas barras que estava imaginando. São com estes pequenos contratempos que me fazem adquirir mais conhecimento para uma próxima vez, pois pretendo ainda costurar uma saia exatamente da maneira que eu havia pensado.

O franzido da saia foi feito com a ajuda do ponto de alinhavo. Fui franzido e costurando no tecido que cortei para ser o cós. Fiz esste processo ao longo de todo o comprimento da saia. Costurei o lado certo com lado certo primeiro porque gosto de usar a técnica de costura francesa para o acabamento.

Fui fazendo este mesmo processo para o barrado dela. Fiz apenas um, pois como mencionei anteriormente, não havia tecido o bastante. Acho que ficaria ainda mais bonita e longa. Tudo bem, haverão outras oportunidades para pôr em prática do jeitinho que está em meu coração.

O próximo passo foi fazer o acabamento da barra lá do final da saia. Eu pensei em fazer o ponto roliço, porém ele é mais apropriado para tecidos mais finos, acho que acabei criando um ponto triângulo sem querer (risos). Incrivelmente, ele comportou muito bem para o meu objetivo e a barra ficou uma coisa linda, tanto do lado certo, quando do avesso! Estou muito encantada com este resultado!

Após concluir o acabamento, fiz a parte que ficou o elástico, fechei a lateral que estava faltando e fiz o acabamento da mesma. E por fim, apliquei uns detalhes românticos. As fitinhas possuem uma cor bastante semelhante do fundo da estampa do tecido, o que resultou em algo bem discreto e bonito ao mesmo tempo.

Foram dias muito especiais dedicando-me a uma atividade tão preciosa, preenchendo meu tempo com algo de valor. É isto que deixa-me muito feliz! Gostaria muito de trazer para o Bosque aos poucos alguns projetos que tenho em mente, coisas bem especiais.

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