A literatura e eu

Em Cartas aos Jovens Sobre a Utilidade da Literatura Pagã, São Basílio nos fala no quanto o leitor pode tirar proveito ao observar personagens malvados ou bondosos. Quando nos damos de frente com estes personagens podemos refletir sobre o bem e o mal, sobre como o mal se apresenta e como o bem sempre triunfa, pelo menos deveria ser sempre desta maneira. Mas este detalhe é um assunto que pretendo conversar um pouco mais adiante em um outro momento.

A literatura sempre me foi agradável. Desde que aprendi a ler e a escrever, estava sempre desejando ter algo em mãos para me deliciar com a leitura. Há um bom tempo que venho tendo o desejo de me aprofundar mais nas obras, e devo esse profundo anseio após a minha primeira leitura de Os Irmãos Karamázov. O escritor Dostoiévski consegue pôr o mal e o bem de maneiras tão profundas e nítidas que acredito ser impossível não se emocionar e se alegrar quando algum personagem se arrepende de seus graves pecados, por exemplo.

Este amor pelos livros e leitura vem crescendo tanto que estou decidida a dedicar um pouco de meus estudos a este assunto. Sei que comparado ao Eterno isso não é nada, mas devo me lembrar que tanto a pedra quanto o sol servem a Deus. E apesar de uma primeira olhada numa pedra possa nos fazer pensar que ela não tem muita utilidade, na verdade se tivermos um olhar mais profundo chegaremos a conclusão de que ela possui o seu valor para onde está inserida.

Algo que li sobre a humildade é que esta virtude faz a pessoa não alçar voo mais do que sua própria natureza suporta. Ela faz um pardal voar até onde consegue e ser feliz por isso, e não se lamentar por não conseguir voar tão alto quanto um gavião. Rezo ao Senhor e a Virgem Maria para que eu possa ser útil e feliz onde Ele me colocou.

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