“Nem sempre é uma infelicidade passar despercebido”

– Merry, O Senhor dos Anéis – J.R.R. Tolkien.

O pequeno Merry mal sabe, mas esta sua frase causou em mim uma porção de reflexões sobre a humildade e sobre a exposição no mundo das redes sociais. Primeiro, gostaria de iniciar sobre as redes sociais. Bem, eu noto que elas não me fazem muito bem de um modo geral por causa do vício em dopamina. Um dia desses percebi que coisas que sempre gostei de fazer, estavam sendo esquecidas, pois eu usava o tempo para dar aquela “olhadinha” no feed e na barra de busca do Instagram e assim perdia tempo com vídeos que não consigo lembrar nadinha.

No último inverno, comentei aqui sobre ficar um pouco longe das redes. Depois de um tempo eu acabei voltando ao mesmo erro e então decidi desativá-las por um tempo. Lá no fundo, sempre há o desejo de excluir tudo por definitivo, e ao mesmo tempo, a dúvida. Tem alguns anos que uso o Instagram como um meio de divulgar meu trabalho como ilustradora, mas avaliando profundamente, não consegui. E tudo bem, acho que algumas coisas não dão certo para todos aqueles que tentam… Gostaria de ficar somente no Bosque e na Lojinha que criei aqui porque eu realmente amo criar coisinhas que reflitam a beleza da natureza e seja o que Deus quiser!

Quanto passar despercebido neste mundo virtual, bem, é verdade que às vezes a pessoa pode sentir-se excluída das novidades, mas é somente uma sensação boba que não tem importância na vida. É muito triste ser “antenado”. Quanto a humildade, São João Clímaco diz que a conformidade em não ser tido por grande coisa é uma escada para o Céu, e muito mais é o desejo de passar despercebido! O importante é ocupar este tempo com bastante trabalho (eu acredito que o trabalho pode curar um montão de males!) e eu digo o trabalho que eleva a alma, como cuidar de um jardim, estudar, fazer alguma arte, ajudar nas tarefas domésticas, organizar seu ambiente… Espero trazer um pouco de cada para os meus dias.

Andei pensando também que este problema é muito notório nas pessoas que começaram a ter contato com a internet ainda jovem, não que as pessoas mais velhas estejam blindadas contra este vício, mas eu observo que pessoas mais jovens que eu e da minha faixa etária relatam muito uma insatisfação com redes sociais e pensam até em usar aqueles celulares que só tinha o jogo da “cobrinha”. No fim de tudo, eu penso que o ser humano, seja ele quem for, procura por simplicidade e calmaria. O desejo pelo bem nos é natural, apesar de às vezes muitos de nós não sabemos como adquirir este bem… Talvez um dos caminhos seja o que o Merry falou.

Obrigada pela visita. ♡

 

2 pensamentos em ““Nem sempre é uma infelicidade passar despercebido”

  1. boa noite, gostaria de dizer que seu blog me faz muito feliz. eu amo suas fotos e seus textos!! (inclusive, tenho curiosidade em saber qual câmera você usa)

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