Vi um animal pela primeira vez

Hoje eu vi um animal pela primeira vez e fiz até carinho! Foi uma cuíca (Marmosops paulensis). Eu não sabia que existia um gambá tão pequenininho! Muito fofo.

Ele foi encontrado entre as cascas do tronco de uma bananeira. Estavam limpando o local e ele surgiu. Fui chamada para ver o animal bonitinho e diferente. A minha primeira reação foi pensar “que diferente e fofo” mesmo haha. A segunda reação foi de querer pegá-lo porque ele parecia ser quietinho, mas acabei ficando com receio de levar uma mordida… Então só o fotografei.

Ah, eu consegui fazer carinho nele porque o meu marido o pegou sem nenhum receio. Então eu me atrevi a passar os meus dedos na sua pelagem, que era muito fofa.

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Conjunção do Amor Eterno

Apreciei mais uma vez as andorinhas bailando no ar. Dessa vez o pôr-do-sol não estava nublado, então havia um delicado rosa pincelado na abóbada celeste. Eu acho que isso foi o mais próximo, até o momento, que alcancei de ver pessoalmente uma apresentação de balé clássico em algum teatro antigo. Agradeço muito a estas amigas tão gentis. Não é maravilhoso o espetáculo que a natureza nos presenteia a todo momento?Eu realmente não consigo sentir tédio, é só uma questão de saber como olhar a vida e eu escolho olhá-la da maneira mais alegre e mágica possível.

O ar estava sereno, mas sentia o calor percorrer o corpo devido a caminhada e as risadas compartilhadas. Por falar em risadas, eu comecei a ler A Princesa Flutuante, do George McDonald. Como essa leitura veio parar em minhas mãos? Bem, eu fui a Biblioteca Municipal e fiz uma carteirinha! Não resisti e fui logo caçar algo para levar para casa, como nos velhos tempos em que eu frequentava bibliotecas. Passeando pelas categorias, avistei alguns títulos do meu agrado ou que algum dia desejo ler, e um deles foi A Princesa Flutuante. Estou intercalando com As Crônicas de Nárnia já que é um livro bem curtinho. Estou rindo enquanto leio o livro do Sr. McDonald, talvez a mágica desse conto de fada seja dar leveza ao leitor, tal como um pássaro.

Ah, tenho observado cenas incríveis no céu. Esta noite mesmo, de minha janela, observei a Conjunção do Amor Eterno! Ou seja, Vênus e Saturno estão tão juntos que parecem um só! Um só corpo, uma só carne… Um casamento. O que me deixa muito feliz. Eu amo tanto o céu que não cabe em mim tanto amor.

Obrigada pela visita. ♡

Beija-flor e seu ninho na primavera

“Como a alegria e a felicidade tornam bela uma pessoa! Como ferve de amor o coração! Parece que queremos derramar o coração inteiro num outro coração; queremos que tudo esteja contente, que tudo sorria. E como é contagiosa a alegria!”

– Noites Brancas – Fiodor Dostoiévski.

A primavera está me dando tantos presentes! Mikamika teve quatro filhotinhos no começo de outubro e algumas semanas depois foi a vez de Bombada, também com quatro filhotinhos! Enquanto isso, em um coqueiro, um beija-flor construíu seu ninho sob a folha desta árvore em frente a casa. Nesta primeira foto dá para observar a silhueta de dois ovinhos! Serão mais duas lindas criaturas para voar pelo imenso ar do mundo!

Este beija-flor é chamado comumente por “Balança-rabo-de-bico-torto”, porém eu nunca antes ouvi falar em tal nome. E o seu nome científico é Glaucis hirsutus. Ele foi observado após o meio-dia, em uma região de Mata Atlântica. Eu estava bem próxima do ninho, então por isso as fotos saíram nítidas. A lente que uso não é muito boa para zoom de longa distância. Apesar de tudo, consegui gravá-la em minha memória e coração, pois ela voou tão perto, tão perto, que pude ouvir o som das suas asas a baterem!

MikaMika é uma gata que surgiu “do nada” e a gente deixou um potinho com ração e água e ela acabou ficando. Ela parece um ser celestial, não somente por sua pelagem clara, mas principalmente por ser uma gata muito meiga. Por ser muito dócil, não conseguia se defender dos cachorros que vivem pela redondeza do sítio, mas após ter tido bebês, ela se tornou feroz! Não deixa ninguém chegar perto do quartinho, mas em mim ela confia.

MikaMika e seus filhotes.

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B de Benedito – Alfabeto dos Santos

No início desse ano comecei um novo alfabeto tendo como tema os santos. O primeiro foi de animais (ainda tenho que postar por aqui hihi). A letra A foi para o Anjo da Guarda, acredito ser um dos mais importantes na nossa jornada rumo ao Céu!

A letra B foi agraciada com um santo que teve o privilégio de conhecer o Menino Jesus, ainda em terra, algo dado somente às almas puras. Ele se chama São Benedito.

São Benedito nasceu na Sicília, era filho de Cristovão Manasceri e de Diana Larcan, eles eram escravos vindos da Etiópia. O casal não queria ter filhos para não gerarem mais escravos, então o seu dono sabendo disso lhes disse que se tivessem um filho, daria a liberdade a criança. Benedito nasceu e recebeu a promessa da liberdade. A criança foi educada na fé cristã por seus pais e rezava o Rosário todos os dias, que foi ensinado por sua mãe.

Quando adulto, sofreu uma grande humilhação, por causa de sua cor, e a suportou pacientemente. O líder dos eremitas franciscanos testemanhou esta nobreza de seu caráter e o convidou para fazer parte da ordem dos franciscanos. Benedito aceitou, se desfez de todos os bens materiais e seguiu sendo um eremita franciscano. Um tempo depois, o Papa Pio IV decidiu que os eremitas deveriam se reunir em comunidade, então São Benedito passou a viver em um convento.

Lá dentro recebeu a função de cozinheiro e com o passar do tempo, as pessoas notaram suas virtudes e grande sabedoria. Então ele acabou se tornando um líder, embora a princípio relutasse receber este cargo. Sua fama de sábio era tão forte que até os teólogos o procuravam e ele ensinava a todos, embora fosse analfabeto.

Sua vida é repleta de milagres, dentre eles estão a ressurreição de dois meninos; a cura de cegos e surdos; multiplicação de peixe e pão; este último é o motivo dele ser o padroeiro dos cozinheiros e o protetor de todos aqueles que trabalham na cozinha.

São Benedito faleceu aos 65 anos de idade após padecer de uma doença. Morreu em paz e dizendo “Jesus! Jesus! Minha mãe, doce Maria! Meu Pai São Francisco!”

Ele é representado com o Menino Jesus no colo porque muitas testemunhas o viram em profunda oração com o Menino Jesus em seus braços. São Benedito, rogai por nós!

Roseira e Corvo

Era um final da tarde fresco e ameno. Observei um passarinho todo preto e achei mágico porque imaginei que estava combinando com ele! Durante o caminho existia um pequeno riacho, nele pequeninos peixinhos nadavam freneticamente, então levantei o meu olhar e encontrei uma roseira com uma linda rosa já desabrochada! Fiquei extasiada, pois se tratava de uma roseira silvestre! Notei que a flor aberta possuía pétalas abundantes, se comparado com a roseira comum.

O entardecer faz brotar em minha mente um poema do qual não sei como pôr em palavras. Mas ele consiste em luz do crepúsculo que acalma o olhar com suas cores suaves, os tons terrosos do riacho a burbulhar água, mas não ao ponto de causar espuma e roseiras silvestres que se curvam, como se quisessem se verem refletidas na água.

O meu Diário Naturalista Ilustrado ainda não possui uma ilustração, e surpreendentemente não estou triste por não ter conseguido tempo para pintar. Sei que terei oportunidades para dedicar às aquarelas… De qualquer modo, mês passado pôde ler bastante, alguns livros foram concluídos enquanto outros estão me acompanhando em fevereiro e espero trazer uma resenha de um que está me encantando!

Esta saia a chamei carinhosamente de Saia Corvo devido a sua cor. Há muito tempo estava desejando pôr mais peças pretas no meu vestuário e estou contente de aos pouquinhos conseguir fazer isto. Também estou aceitando encomendas desse modelo de saia (e outras peças) no meu ateliê Bennet Atelier. Ficaria muito contente se você pudesse dar uma olhadinha e compartilhar com suas amigas.

É um produto totalmente artesanal, desde a modelagem até a costura em si. Os botões e a casinha de botão fiz tudo à mão e foi algo que me deixou bastante satisfeita. O meu coração fica tão alegre de fazer pequenas coisas que se tornam grandes.

Outra coisa muito amorzinho que gostaria de ressaltar é que esta botinha preta foi da minha mãe. Ela resolveu passar para mim quando eu era uma adolescente de dezessete anos, hoje eu tenho vinte e nove, e a botinha continua linda, inteira e totalmente usável.

Seja lá quem foi que a fabricou, gostaria de me inspirar nesta pessoa sempre que eu pôr minhas mãos ao executar o meu trabalho porque eu valorizo bastante peças de qualidade e que possam ser passadas para outras gerações!

Obrigada pela visita. ♡