A Primavera

Senti-me tão inspirada ao pensar nas atividades para fazer durante a primavera que eu acabei escrevendo um texto fazendo de conta que a primavera se personificou e descreveu a si mesma. Eu nao poderia permitir que esta fagulha de encanto não fosse de algum modo registrada. Agora venho aqui publicar toda a descriçao da amiga Primavera.

Sou como o começo da manhã de um dia ensolarado: raios intensos que tocam de maneira suave. A alegria reina em meu coração, tudo me soa tão maravilhoso e não compreendo como pode haver melancolia quando contemplo ao meu redor. Estou sempre tentando deixar as pessoas próximas de mim sorridentes. Sinto-me maravilhada ao saber que consegui pôr um sorriso em um rosto. Gosto de estar perto e amo companhia, assim como os prados amam que lindos cervos venham pastar em sua imensidão verde.

A minha sensibilidade é aflorada e algumas ações podem me entristecer, mas prefiro ver o bom em tudo. Dou-me sempre a chance de recomeçar, pois não me assusta muito as pedras pelo caminho, afinal, o que há por cima são flores! As crianças são as criaturas que mais me identifico e são uma fonte de inspiração para mim, elas perdoam e esquecem facilmente. Porém, às vezes o esquecer é um pequenino problema que há em mim. Adoro quando as crianças vem brincar comigo! Enquanto as vacas me assustam…

Quero apontar para tudo o que vejo e falar por horas, não é incrível viver em um mundo com tantos tipos de flores e cores? Quando olho para os pássaros sinto-me feliz, eles estão sempre a cantar e são tão fofinhos! Sinto-me lisonjeada por ser alguém que cativa criaturas tão adoráveis. Eu desejo que esta época nunca termine, amo todas as novidades que surgem a cada novo amanhecer. Amo fazer novos amigos. E desta maneira eu sou, alegre como uma abelha.

Assinado: Primavera.

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Para a primavera

Gosto muito de pensar em coisinhas para fazer durante as estações. Então juntamente com a minha amiga Alita, elaboramos uma lista de como poderíamos vivenciar os dias desta estação tão doce, pensamos em coisas que gostamos como a literatura, a natureza e qualquer outra coisa que nos fazem remeter a primavera. A minha lista ficou um pouco diferente da dela, mas alguns outros itens são bem semelhantes, como tingir o cabelo com algum chá (eu me inspirei nela, só mudei para o chá preto).

No começo deste mês estive preparando algumas cartas para enviar e eu resolvi adicionar sementes de uma erva chamada picão-preto (Bidens pilosa), relembrando uma época em que estive muito persistente em deixar o mundo mais florido, e consequentemente, mais belo! Consistia basicamente em plantar algo em algum espaço vazio que achasse pela rua por onde eu passava. Acabei percebendo que a primavera é a estação mais próxima, o que deixou meu coração super feliz porque sementes e primavera combinam tanto!

A inspiração só foi crescendo como um brotinho e eu escrevi uma pequena descrição da personalidade da primavera. Fiz de conta que esta estação estava personificada em alguma personagem, e ela se descreveu ao escrever numa folha de papel envelhecida com café.

Também plantei uma semente de girassol e fiquei bastante empolgada ao ver que a bouganvílea está crescendo tanto que já pude pegar algumas de suas folhas coloridas para extrair tinta. Também resolvi fazer isso com os musgos que revestem lindos troncos de árvores.

Outra coisa que já comecei a fazer foi pintar algo somente com pigmentos naturais. Desenhei uma tulipa utilizando os pigmentos do hibisco, feijão preto e cúrcuma. Eu obtive a cor verde fazendo uma mistura do azul (feijão preto) e amarelo (cúrcuma). Eu amei o resultado. Lembra bastante aquarelas delicadas.

Aos poucos irei montando este pequeno diário de atividades para fazer nesta estação. Estou bastante feliz e empolgada para essa nova jornada!

Obrigada pela visita. ♡

 

“Por que buscais entre os mortos aquele que está vivo?”

Esta é a primeira Páscoa que eu faço uma atividade tradicional do catolicismo: que é pintar ovos de Páscoa com símbolos cristãos. Como eu tenho uma obsessão por extrair pigmentos naturais das plantas, resolvi pintá-los com algumas coisinhas que haviam por aqui: feijão-preto, cúrcuma e hibisco. Este último eu esperava que tornasse em um rosa bem forte, mas parece mais um azul acinzentado, certamente eu deixei a água cozinhar por muito tempo.

De qualquer maneira, eu amei o reultado e resolvi fazer desenhos com giz. A cruz luminosa simboliza Nosso Senhor Jesus Cristo e as plantinhas e flores simbolizam a alegria da Ressurreição.

Estive aguardando ansiosamente e alegremente o Domingo de Páscoa, por isso resolvi fazer esta atividade tão simples. Eu me diverti bastante e me encantei como a tinta natural percorre pelo recipiente, no quanto ela é delicada e suave… É um dia tão feliz, tão sublime! Nem mesmo a morte pode me separar do meu Bom Jesus.

Desejo uma Feliz Páscoa, que Deus abençoe cada um, e que nos ajude a seguir o caminho de santidade!

Obrigada pela visita. ♡

Papéis coloridos


Minha mais recente obsessão é extrair pigmentos dos vegetais. Comecei a usá-los para tingir tecidos, como eu falo no post “meu primeiro tie-dye“. Então resolvi experimentar em papéis também.

Havia alguns envelopes guardados na minha gaveta, a cor original deles era um bege bem pálido. Este azul eu consegui através do feijão preto!

Gostei bastante do resultado, ficou um tom de azul tão suave e envelhecido, gosto muito de coisas antigas! O contraste das cores do pássaro robin com este azul também me agradou muito. Espero poder utilizá-los para presentear alguém ou para colocá-los na Bennet Ateliê de alguma forma…

Nunca tentei fazer um bullet journal, mas acho que ficaria super fofo usando papéis coloridos. São muitas coisas criativas que dá para utilizar esta técnica de tingimento natural.

Obrigada pela visita. ♡

Meu primeiro tie-dye

Ultimamente tenho buscado alternativas mais naturais de tanto aprender com Santa Hildegarda de Bingen várias receitas para consumo e até para estética. Eu acabei desejando fazer um teste com tingimento natural em tecidos. Além disso, é tão alegre fazer coisinhas com o que encontramos na natureza! Realmente fico fascinada com qualquer trabalho manual, ainda mais se a matéria prima pode ser encontrada na natureza, assim eu posso sair por aí explorando.

Resolvi inciar com algo bem simples e fácil de achar: beterraba. Primeiro cortei as beterrabas, coloquei-as em uma panela que coubesse tudo que queria tingir e adicionei água. Esperei começar a ferver e adicionei metade de um copo (de 200 ml) de vinagre de álcool. Desliguei o fogo, peneirei todo o líquido. Após isso, umedeci o tecido e o mergulhei no líquido rosa e deixei imerso por um tempinho.

Retirei do líquido sem torcer o tecido para não estregar o tingimento e o estendi no varal o mais reto possível (não o estenda dobrado porque vai prejudicar o resultado final se o seu desejo é obter um tingimento uniforme). Deixei secar naturalmente sob a sombra.

Obtive duas cores distintas com um ingrediente principal só, a beterraba. A diferença se deu pelo tempo de cozimento do pigmento. O rosa foi com menos de 30 minutos de cozimento, já o tom bege foi com mais de 30 minutos de cozimento.

A técnica do tie-dye é sempre uma surpresa. Então recomendo que faça testes antes de começar realmente com o tecido que deseja.

Algumas dicas para o seu trabalho dar certo com base com o que aprendi com este experimento:

  • Os pigmentos naturais só tingem tecidos de origem natural, como o algodão e a seda
  • Se você desja um tom mais escuro, aumente a quantidade do vegetal
  • Para tons mais suaves, aumente a quantidade de água
  • O tempo de cozimento influencia bastante o resultado final da cor
  • Não torça ou esprema o tecido quando sair da imersão
  • Estenda-o de maneira que ele fique o mais reto possível, porque se deixá-lo dobrado, a parte da dobra ficará sem cor
  • Estanda-os um longe do outro o suficiente para não se encostarem

 

Até breve! ♡