Esta foi a primeira vez que vi pessoalmente um ninho forrado com algodão! Foi uma surpresa muito fofa saber que esta espécie de pássaro (não sei qual pode ser) teve todo esse cuidado para proteger os ovos e filhotes.
Neste mesmo dia pude apreciar uma batalha de pássaros contra saguis. Foi muito engraçado ver cinco pássaros grandes e um miudinho atacando os saguis. Provavelmente os pássaros devem estar com ovos nos ninhos para estarem tão furiosos com a presença desses macaquinhos, pois estes comem os ovos e até mesmo os filhotes. Já presenciei um sagui arrancando a cabeça de um pássaro filhote e não é uma cena muito confortável de se ver… haha.
Neste vídeo há a minha voz de boba, toda admirada com o achado do dia. Também dá para ouvir a risada do meu marido achando engraçado o meu encantamento.
“As palavras da Bíblia parecem ligar uma importância especial à vida dos campos e aos trabalhos agrícolas.
Também vos recomendei como exercício de saúde e de sabedoria prática, os passeios no campo, a contemplação das cenas tão variadas e tão admiráveis da natureza, aonde se encontra tudo, a paz, a ordem, e a ventura tranqüila;
e nessa ocasião não podia passar em silêncio a cultura das flores, desses deliciosos esboços dos pensamentos divinos, desses hóspedes perfumados que nos falam, com tanta graça, da virtude e dos nossos deveres, e que, mesmo no momento em que caem murchas, nos deixam uma doce e melancólica lição sobre a fragilidade da vida humana”.
Depois que eu coloquei néctar no bebedouro para os beija-flores, acabou que atraiu outra ave: um cambacica (Coereba flaveola). Eu não sabia que esta espécie também se alimentava de néctar, fiz uma pesquisa rápida pela internet e diz o seguinte sobre este hábito alimentar dele: “para coletar alimento, em qualquer altura, agarra-se firmemente à coroa das flores e com o bico curvo e pontiagudo perfura o cálice, atingindo assim os nectários. Visita também as garrafas de água açucarada, destinadas a atrair beija-flores e comedouros de frutas para pássaros. Aprecia muito banana, mamão, jabuticaba, laranja e melancia.”
Agora eu sei porquê a estrutura do bico dele é curvada, é justamente porque ele se alimenta de coisas mais líquidas. Enquanto outros pássaros dão umas caçadas pelo chão a procura de artropodes. O cambacica também se alimenta de pequenos insetos que encontro por perto das flores. Uma as flores que ele gosta é o hibisco/papoula (Hibiscus rosasinensis), ele faz uma perfuração na base da flor e então consegue coletar o néctar. Alguns outros pássaros aproveitam o furo para coletar também.
Não consegui registrar o bonito no bebedouro. Achei melhor ficar quietinha e deixá-lo pensar que não estava sendo observado por grandes olhos! Entretanto, já tive a oportunidade de resgistrar um representante deste pássaro em uma exploração do passado.
Até breve (e quem sabe com um registro do cambacica no quintal).
Já faz um tempo que o quintal começou a ser visitado por duas borboletas da espécie Euptoieta hegesia. Descobri que elas adoram comer plantas do gênero Passiflora, e aqui havia (porque elas comeram tudo) um lindo pé de maracujá que crescia abundantemente.
Resolvi fazer algumas filmagens com uma câmera emprestada, pois a minha está quebrada no momento. Senti muita falta de editar vídeos, era algo que eu fazia com frequência no primeiro computador que tive. Agradeço ao marido por ter me emprestado sua ferramenta de trabalho para eu voltar a editar vídeos.
Estou com vontade de fazer filmagens da natureza e coisas que gosto de praticar (pintura e bordado, por exemplo) e – talvez – publicar aqui. Não tenho coragem de publicar minhas coisas no Youtube, pois eu fico com receio de perder meu anônimato, apesar de algumas pessoas saberem quem escreve no Bosque (risos).
Ah! E um dia desses pude presenciar uma cena bastante selvagem: uma aranha caçando uma borboleta da espécie Ascia monuste (uma das minhas espécies prediletas!). Ela caiu na teia e depois a dona aranha a embalou e guardou para o jantar.
Muito obrigada por ter assistido o meu singelo vídeo. ♡
Algo que considero incrível são as cores das aves (e de outras criaturas também). Todo esse colorido é formado por um ou dois pigmentos diferentes e a estrutura da pena também interfere em como a cor será vista por nós.
A melanina, produz a cor preta ao amarelo opaco; os carotenóides são responsáveis pelas cores do amarelo ao laranja; e as porfirinas produzem cores vivas em vários tons de rosa, vermelho, amarelo e verde. Enquanto as cores estruturais são produzidas pela refração da luz através das células da pena.
As cores iridescentes de beija-flores e outras aves são produzidas de maneira semelhante e o ângulo em que os pássaros são vistos é um fator para as cores variarem.
Há muito tempo consegui registrar esse beija-flor. Ele estava pousado no galho de uma aroeira que existia em frente a minha janela. Infelizmente a cortaram e, desde então, não pude mais apreciar de pertinho a beleza dessas cores.
Observar beija-flores quando eles estão sob a luz do sol é algo que gosto muito de fazer porque o brilho e o colorido são tão encantadores. É impossível para mim não parar por um instante e suspirar diante de tanta beleza, gosto de ficar parada e admirando.
Verá que o mundo todo é um jardim. (Frances Hodgson Burnett).
O mundo, seja na terra ou nos céus, vejo como lindas cartas de Deus para a humanidade (e por que não para mim também?). Ver uma flor, as nuvens, as águas, os animais, sempre causa em mim algum pensamento: o que o meu Criador quer me dizer com isto? Há coisas tão imensas e belas que só posso imaginar que o Céu é muito mais sublime! Porém a minha pequenez não consegue pensar muito além, o que não impede o meu coração desejar ardentemente fazer parte dessa beleza (o Reino dos Céus) quando eu partir deste mundo.
Borboleta Anartia jatrophae
Enquanto isso, gosto de usar o tempo que me sobra para dominar a criação, como diz o livro Gênesis. Essa dominação, acredito eu, é o conhecimento sobre estas criaturas. Eu gosto de pesquisar os nomes científicos dos seres que encontro por aí. A internet ajuda muito nisto! Há alguns livrinhos de identificação botânica, ornitológica, entomológica etc. Observar os detalhes de uma planta até ter o conhecimento do seu nome é algo muito divirtido de se fazer. Já tentou colher qualquer plantinha e observar suas características? Acho fascinante essa atenção aos detalhes até alcançar algo maior.
Eu escolhi minha flor silvestre favorita. Recentemente aprendi que o seu nome científico é Bidens alba e há vários nomes populares para ela. O que eu mais gostei foi “agulhas-de-borboleta”.
Para começar a identificar plantas é preciso ter um conhecimento introdutório da botânica porque isso irá facilitar muito o trabalho! As chaves de identificação começam perguntando se a taxonomia da planta é monocotiledônea ou outra. Esta florzinha é uma monocotiledônea, então vamos para a próxima característica… É assim que funciona.
É um pouco difícil chegar até a espécie, mas se conseguir ir até a família da planta já é algo incrível porque com este conhecimento fica um pouco mais simples de aprender a espécie ou o gênero.
Nestes dias de verão, explorei um pouquinho pelo Jardim Botânico de onde moro. ♡
O dia estava bonito, o céu tão azul contrastando com flores rosadas e o verde vivo das plantas. A primeira coisa que vi foi um montinho de folhas secas e achei engraçado que eu estava um tanto camuflada por causa das cores que eu estava vestindo.
Tons terrosos são cores que aprecio bastante, tanto em vestes como na natureza.
Esta linda asinha azul de borboleta encontrei ao lado do meu banco preferido do Jardim. Ele tem vista para o lago artificial e a casinha de orquídeas.
Considero-o especial, pois já encontrei muitas coisas interessantes perto dele, desta vez foi esse azul cintilante!
Tenho o costume de caminhar olhando para o chão. Normalmente é porque tenho que manter o olhar atento para encontrar algo que desperte o meu interesse. Dessa vez foi esta linda folha seca, fiquei admirada com ela.
Esse verde estava fazendo um lindo contraste com a terra. Decidi registrar.
Ao final, do lado de fora, apreciei minhas flores silvestres favoritas! Bem, esta é o botão-de-ouro. Elas ficam lindas dentro de potinhos, queria ter tido tempo para colher várias e fazer isto.
Estas palavras foram escritas por Santa Teresinha do Menino Jesus, após observar as lindas montanhas da Suíça e ter ainda mais certeza sobre a grandeza do Senhor. Ela soube expressar como eu me sinto diante de cada pedacinho de natureza que encontro nos meus dias, parece que tudo sorrir para mim, parece Deus escrevendo uma carta através do céu, flores, árvores etc para dizer o quanto me ama.
Provavelmente, os animais que mais trazem alegria para meus dias, são os passarinhos e aves no geral. Quase todas as manhãs, ouço um corruíra cantando longe. Todas as tardes beija-flores visitam o quintal. E de vez em quando durante a noite, ouço o som da coruja rasga-mortalha (uma das minhas espécies favoritas!).
Eu poderia passar horas conversando com alguém sobre aves. Gosto de aprender tanto sobre elas: estrutura das penas, identificar pelo canto, o tipo de vôo, o tipo de bico, alimentação, comportamento. São uma infinidade de detalhes que permeiam este mundo.
O que mais parece me sorrir na terra:
– o alvorecer
– luz solar entre as lacunas das árvores
– flores
– insetinhos
– grama
– orvalho
– matinhos que crescem espontaneamente
– brotos de plantas
Este lindo amigo amarelo é um canário-da-terra-verdadeiro (Sicalis flaveola). Era uma manhã bastante ensolarada e havia vários deles forrageando pela grama porque são uma espécie de pássaro que se alimentam de sementes, então este devia ser o melhor local para procurá-las e pegar de algumas formigas (hehe). Por vezes se alimentam de insetos também.
Na segunda foto há várias fêmeas. Elas não são tão amarelas como os machos… Há pedaços de cinza e marrom pela plumagem delas. Geralmente nas aves, os machos são mais bonitos porque eles chamam a atenção das fêmeas para a reprodução.
Em uma outra exploração, encontrei este pedaço de ninho que é desta espécie. Eles também aproveitam casinhas abandonadas de outras aves, como a do joão-de-barro.
Ter presenciado um pássaro amarelo deixou-me contente. Ele parecia tão fofo. Gostaria muito de que algum passarinho pousasse na minha mão, mas algum dia vou tentar levar comida com a intenção de atrai-los.
Caminhar é uma das coisas que mais gosto de fazer, em silêncio, carregando orações no coração e me encantando por cada pedacinho da natureza que vejo: gravetos com musgos, texturas dos cascos de árvores, folhas com incontáveis cores distintas… Meu olhar se deleita e estes pequenos detalhes trazem inspiração para mim, de alguma maneira.
Já tive o contentamento de encontrar insetos mortos para colecionar, asas de borboletas, gravetos, folhas secas, pedras cintilantes e até mesmo ninho de passarinho! É uma das coisas mais fofas e bem feitas que já encontrei em minhas explorações e fiz questão de trazer um desses que vi para pertinho de mim. Gosto de pensar como as aves são excelentes arquitetas.
Eu gostaria de poder passar alguns dias em algum país de clima temperado, especialmente na época do outono. Esta estação é a que mais parece repleta de imaginação, brincadeiras e presentes. Amo pinhas, bolotas de carvalho e folhas de acer e adoraria colecioná-las algum dia. Sair pelos lugares arborizados e criar lembranças bonitas ao colher estes tesourinhos da natureza. Guardar, fazer colagens e qualquer outra atividade manual. Apesar do frio do outono, tenho certeza que seriam dias quentes porque eu estaria com a família (sonho).
Houve um tempo em que eu estava determinada em fazer campos de flores em lugares públicos. Consegui inúmeras sementes de cosmos e as semeava por onde eu passava, sentia tanta esperança neste simples gesto. Cheguei até a plantar uma muda de lavanda, imaginando lugares imensamente coloridos e com vários visitantes polinizadores para fotografar.
Quando eu ando por algum lugar e vejo uma flor silvestre, sinto que ela tem um grande potencial, apesar de pequenina. Fico imaginando que aquela coisinha miúda deve ser a alegria de uma abelha ou borboleta que estão caçando néctar e empenhadas no seu trabalho.
Sinto-me imensamente determinada em ser uma alegria ao meu Senhor, apesar da minha insignificância. Não sou como uma rosa, linda e perfumada. Ou como um girassol, esplendoroso e radiante. Sou apenas eu. Só eu, escondendo-me no imenso verde, na altura da terra, entre raízes e pedras. Pensando comigo mesma no quanto sou grata por existir o girassol radiante e a rosa perfumada.