Torta de maçã

Acho que vou inaugurar uma nova categoria no Bosque: receitas. Eu gosto muito de cozinhar e tem algum tempo que venho tentando fazer uma receita de torta. A primeira vez que fiz não ficou tão boa a estrutura da massa. Mas após algumas tentativas, acredito que dessa vez eu consegui fazer algo bem fofo.

Cozinhar é um trabalho que me alegra porque eu gosto de manter a minha mente ocupada com algo útil. Gosto de me aventurar para fazer coisas diferentes do cotidiano e quando são coisinhas feitas com farinha de trigo e no forno eu me sinto empolgada. Sempre sinto uma ansiedade ao abrir o forno, será que ficou como na receita? Se não fica perfeita eu não me entristeço, afinal o meu intuito é de poder trabalhar.

Obrigada pela paciência por ter lido até aqui. Vou ensinar a fazer.

Para a massa você irá precisar de:

  • 2 ½ xícaras de farinha de trigo
  • 2 colheres de sopa de açúcar
  • 1 colher de chá de sal
  • 12 colheres de sopa de manteiga gelada
  • 1/4 de xícara de água gelada

Para o recheio você irá precisar de:

  • 3 maçãs
  • 1 xícara de açúcar
  • 3 colheres de sopa de amido de milho
  • 1 colher de sopa de suco de limão
  • 1/4 de colher de chá de canela em pó
  • pitada de sal

Atenção para a instrução!

Em um recipiente adicione metade da farinha (peneirada), açúcar e sal até misturar. Adicione a manteiga e misture até obter uma massa homogênea. Adicione a metade restante da farinha até que tudo esteja bem incorporado. Polvilhe com água fria até a massa ficar homogênea. Divida em duas partes iguais e leve à geladeira para que a massa fique bem gelada (se quiser colocar no congelador por uns minutos para ser mais rápido também pode ser).

Em um outro recipiente, misture as maçãs descascadas e picadas com uma xícara de açúcar. Deixe descansar enquanto você prepara o próximo passo. Misture com amido de milho, suco de limão, canela e drene todo o excesso de líquido.

Agora pegue uma das massas e abra para ser a crosta inferior em um círculo com as medidas da superfície e lateral da sua forma. Pressione a messa com toda gentileza deixando as bordas um pouco do resto para fora. Pode acrescentar o recheio (lembrando para não colocar o excesso de líquido!). Abra a segunda massa com as mesmas medidas e corte-as em tiras (o tamanho vai depender do tamanho da sua forma). Coloque as tiras por cima e faça um entrelaçado, primeiro por cima, depois por baixo e assim sucessivamente. Corte a massa que sobrar.

Finalize pincelando um pouco de gema do ovo e umas pitadas de açúcar. Leve ao forno até a crosta ficar dourada. Eu asso na temperatura de 160º/180º.

Minhas dicas:

  • você pode usar limão siciliano e noz-moscada no recheio
  • essa receita pode ser feita com outros sabores, é só trocar a fruta de sua preferência
  • quanto mais gelada estiver a massa, mais fácil será para manuseá-la sem quebrá-la
  • a massa que sobrou você pode modelar umas folhinhas ou flores e dar de presente a alguém uma torta bem bonita

Até breve.

Colorido

Amazilia fimbriata

Algo que considero incrível são as cores das aves (e de outras criaturas também). Todo esse colorido é formado por um ou dois pigmentos diferentes e a estrutura da pena também interfere em como a cor será vista por nós.

A melanina, produz a cor preta ao amarelo opaco; os carotenóides são responsáveis ​​pelas cores do amarelo ao laranja; e as porfirinas produzem cores vivas em vários tons de rosa, vermelho, amarelo e verde. Enquanto as cores estruturais são produzidas pela refração da luz através das células da pena.

As cores iridescentes de beija-flores e outras aves são produzidas de maneira semelhante e o ângulo em que os pássaros são vistos é um fator para as cores variarem.

Há muito tempo consegui registrar esse beija-flor. Ele estava pousado no galho de uma aroeira que existia em frente a minha janela. Infelizmente a cortaram e, desde então, não pude mais apreciar de pertinho a beleza dessas cores.

Observar beija-flores quando eles estão sob a luz do sol é algo que gosto muito de fazer porque o brilho e o colorido são tão encantadores. É impossível para mim não parar por um instante e suspirar diante de tanta beleza, gosto de ficar parada e admirando.

Até breve.

Se você olhar bem…

Verá que o mundo todo é um jardim. (Frances Hodgson Burnett).

O mundo, seja na terra ou nos céus, vejo como lindas cartas de Deus para a humanidade (e por que não para mim também?). Ver uma flor, as nuvens, as águas, os animais, sempre causa em mim algum pensamento: o que o meu Criador quer me dizer com isto? Há coisas tão imensas e belas que só posso imaginar que o Céu é muito mais sublime! Porém a minha pequenez não consegue pensar muito além, o que não impede o meu coração desejar ardentemente fazer parte dessa beleza (o Reino dos Céus) quando eu partir deste mundo.

Borboleta Anartia jatrophae

Enquanto isso, gosto de usar o tempo que me sobra para dominar a criação, como diz o livro Gênesis. Essa dominação, acredito eu, é o conhecimento sobre estas criaturas. Eu gosto de pesquisar os nomes científicos dos seres que encontro por aí. A internet ajuda muito nisto! Há alguns livrinhos de identificação botânica, ornitológica, entomológica etc. Observar os detalhes de uma planta até ter o conhecimento do seu nome é algo muito divirtido de se fazer. Já tentou colher qualquer plantinha e observar suas características? Acho fascinante essa atenção aos detalhes até alcançar algo maior.

Eu escolhi minha flor silvestre favorita. Recentemente aprendi que o seu nome científico é Bidens alba e há vários nomes populares para ela. O que eu mais gostei foi “agulhas-de-borboleta”.

Para começar a identificar plantas é preciso ter um conhecimento introdutório da botânica porque isso irá facilitar muito o trabalho! As chaves de identificação começam perguntando se a taxonomia da planta é monocotiledônea ou outra. Esta florzinha é uma monocotiledônea, então vamos para a próxima característica… É assim que funciona.

É um pouco difícil chegar até a espécie, mas se conseguir ir até a família da planta já é algo incrível porque com este conhecimento fica um pouco mais simples de aprender a espécie ou o gênero.

Fofíssima, não é?

Frutinhos do bosque

Há um tempo atrás eu fiz a minha primeira torta, foi de mirtilo. Ela não ficou tão bem-feita, mas foi um belo começo para uma iniciante como eu. Bem, eu gosto muito de me aventurar na cozinha e fazer coisas que considero fofinhas. Esta semana eu fiz mais uma do mesmo sabor, e dessa vez em uma forma circular (há tempos estava querendo). Tudo ficou perfeito: a massa e o recheio! Eu faço esta receita X , mas eu não coloco vodka, gordura vegetal e noz-moscada.

As frutas que mais tenho vontade de colocar em uma torta são aquelas que são conhecidas como “frutos silvestres” ou “frutos do bosque”, esse último é o meu título favorito para elas. Seus nomes em inglês possuem um padrão, é o de terminar em “berry”: strawberry (morango), blackberry (amora), blueberry (mirtilo), rapsberry (framboesa).

Amoras já tive a sorte de encontrar um pé e experimentá-las. São frutas muito saborosas e docinhas! Eu li mais uma vez O Conto de Pedro Coelho (Beatrix Potter) e relembrei da suas irmãs Flopsy, Mopsy e Cotton-tail indo colher amoras, enquanto Peter ia fazer travessuras (mas ele recebe uma lição da sua mãe no final). Gosto muito da Beatrix Potter, suas ilustrações e histórias. São coisas simples que arrancam sorrisos de mim por ser tudo muito fofo e desperta ainda mais a vontade que sinto de ilustrar algum livro infantil.

Encontrei framboesa no mercado e é óbvio que eu as coloquei nas pontas dos dedos haha. Ela me lembrou do morango porque também tem um sabor agridoce e seu verdadeiro fruto fica grudando nos dentes muito mais que os do morango.

 

Até breve!

Pequenos achados

Nestes dias de verão, explorei um pouquinho pelo Jardim Botânico de onde moro. ♡

O dia estava bonito, o céu tão azul contrastando com flores rosadas e o verde vivo das plantas. A primeira coisa que vi foi um montinho de folhas secas e achei engraçado que eu estava um tanto camuflada por causa das cores que eu estava vestindo.

Tons terrosos são cores que aprecio bastante, tanto em vestes como na natureza.

Esta linda asinha azul de borboleta encontrei ao lado do meu banco preferido do Jardim. Ele tem vista para o lago artificial e a casinha de orquídeas.

Considero-o especial, pois já encontrei muitas coisas interessantes perto dele, desta vez foi esse azul cintilante!

Tenho o costume de caminhar olhando para o chão. Normalmente é porque tenho que manter o olhar atento para encontrar algo que desperte o meu interesse. Dessa vez foi esta linda folha seca, fiquei admirada com ela.

Esse verde estava fazendo um lindo contraste com a terra. Decidi registrar.

Ao final, do lado de fora, apreciei minhas flores silvestres favoritas! Bem, esta é o botão-de-ouro. Elas ficam lindas dentro de potinhos, queria ter tido tempo para colher várias e fazer isto.

Até breve!

Mais que uma simples folha

Esta fotografia é para me lembrar que pretendo deixar os meus dias ainda mais significativos.

Quando eu me agachei para fotografá-la, eu pronunciei estas palavras: “que pequenininha e fofa!” Meu marido, que estava ao meu lado, deu um sorriso por causa do meu jeito de sempre estar se encantando com qualquer beleza miúda do mundo.

Deixo-a aqui porque eu gostaria de ter um passa-tempo mais especial para mim mesma, e não para os outros. Passei muito tempo pensando em coisas que acabei notando que não eram para mim, mas apenas em função de uma rede social. É difícil lidar com esta constatação. Portanto, quero me empenhar em só fotografar o que for significativo para mim. Ter conversado sobre isso com uma amiga me ajudou muito a ter uma perspectivia das minhas atitudes (não apenas em relação a uma rede social).

Deixo esta simples fotografia de uma folha no chão porque me faz lembrar do sorriso de quem eu amo.

Tudo me sorria…

“Oh! realmente, tudo me sorria na terra.”

Estas palavras foram escritas por Santa Teresinha do Menino Jesus, após observar as lindas montanhas da Suíça e ter ainda mais certeza sobre a grandeza do Senhor. Ela soube expressar como eu me sinto diante de cada pedacinho de natureza que encontro nos meus dias, parece que tudo sorrir para mim, parece Deus escrevendo uma carta através do céu, flores, árvores etc para dizer o quanto me ama.

Provavelmente, os animais que mais trazem alegria para meus dias, são os passarinhos e aves no geral. Quase todas as manhãs, ouço um corruíra cantando longe. Todas as tardes beija-flores visitam o quintal. E de vez em quando durante a noite, ouço o som da coruja rasga-mortalha (uma das minhas espécies favoritas!).

Eu poderia passar horas conversando com alguém sobre aves. Gosto de aprender tanto sobre elas: estrutura das penas, identificar pelo canto, o tipo de vôo, o tipo de bico, alimentação, comportamento. São uma infinidade de detalhes que permeiam este mundo.

O que mais parece me sorrir na terra:

– o alvorecer
– luz solar entre as lacunas das árvores
– flores
– insetinhos
– grama
– orvalho
– matinhos que crescem espontaneamente
– brotos de plantas

Este lindo amigo amarelo é um canário-da-terra-verdadeiro (Sicalis flaveola). Era uma manhã bastante ensolarada e havia vários deles forrageando pela grama porque são uma espécie de pássaro que se alimentam de sementes, então este devia ser o melhor local para procurá-las e pegar de algumas formigas (hehe). Por vezes se alimentam de insetos também.

Na segunda foto há várias fêmeas. Elas não são tão amarelas como os machos… Há pedaços de cinza e marrom pela plumagem delas. Geralmente nas aves, os machos são mais bonitos porque eles chamam a atenção das fêmeas para a reprodução.

Esta borboleta apareceu bem no momento que cliquei!

Em uma outra exploração, encontrei este pedaço de ninho que é desta espécie. Eles também aproveitam casinhas abandonadas de outras aves, como a do joão-de-barro.

Ter presenciado um pássaro amarelo deixou-me contente. Ele parecia tão fofo. Gostaria muito de que algum passarinho pousasse na minha mão, mas algum dia vou tentar levar comida com a intenção de atrai-los.

Até breve!

Fragmentos

Tenho um certo apreço aos detalhes. Gosto de capturar aqueles que há em meu cotidiano com todo o meu ser, o que significa com todos os meus sentidos apreciar alguma pequenez: meu olfato com o cheirinho de café sendo moído; meu olhar com a luz de várias tonalidades no alvorecer e crepúsculo; meu tato em musgos em cascos de árvores; minha audição com o som que a linha faz ao costurar. Há tantos detalhes! Tudo isto abre meu coração, e eu fico a imaginar quão mais belo deve ser os detalhes que a alma captura, que não podem ser vistos e nem registrados. Mas são segredos guardados no coração e que o Bom Deus sabe. Como eu amo pensar nisso!

Alguns fragmentos:

– o som da linha passando pelo tecido ao costurar
– a beleza ao cortar frutas, legumes e outros alimentos
– o cheirinho ao preparar algum chá, como o de lavanda ou hortelã
– a água caindo feito chuva ao regar as plantinhas
– uma luz bonita que entra no quarto

 

morangos são tão bonitos que fiz um icon de um que fotografei

Trevinhos são muito bonitos! Colhi este do quintal, onde plantas crescem espontaneamente… Pensei em fazer aquarelas deles para colocar em algum lugar do Bosque.

Ultimamente tenho feito alguns bordados e aprendido alguns pontos. Este é o ponto margarida. Após ter treinado em um pano avulso, resolvi decorar meu vestidinho com umas flores.

Uma xícara repleta de morangos, pois são frutas (pseudofruto) que considero belas e me dão vontade de fotografá-las.

Com os morangos, fiz uma pequena torta, em uma forma para pão. Infelizmente, eu ainda não acertei a quantidade certa de cada ingrediente da massa, por isso ela ficou um tanto esfarelada. O importante é que eu gostei muito de fazê-la! Especialmente estes detalhes de plantinhas que modelei com minhas mãos (não sei se é possível perceber). Apesar dela ter ficado bem longe de estar perfeita, o sabor ficou ótimo! Minhas tardes de café terão um pedaço doce de torta para acompanhar.

São uma infinidade de coisas que acontecem nos meus dias que trazem uma pequena alegria e eu me sinto muito abençoada por poder me dar conta de tudo isto.

Até breve!

Milésimo de Segundo

Uma vez o meu pároco disse-me que se Deus esquecesse por um milésimo de segundo da sua criação, tudo iria desandar. Com estas palavras ele confortou uma pequena alma que estava um tanto aflita.

Estava há pouco tempo tentando ajudar uma amiga com alguns assuntos de biologia, e em determinado momento pensei o quão incrível é que cada célula do nosso corpo é envolvida por uma membrana plasmática. É como se cada célula estivesse sendo abraçada para proteger cada estrutura microscópica que a compõem.

Uma das coisas que me fez voltar a olhar para Deus foi observar a natureza, nada destas coisas incríveis poderiam ser obra do acaso… Nunca me cansarei de me encantar com todas estas singularidades, do carinho de Deus por nós refletido até na coisa mais insignificante. Também não me envergonho desta certeza que carrego.

Lembro-me que quando vi esta borboleta voando entre flores silvestres e percebi que suas asas estavam desgastadas, achei tão incrível! Mesmo machucada, ela me passava alegria naquela manhã repleta da luz do sol… Fiquei contente por ter presenciado. Às vezes podemos estar como esta borboleta, nos sentindo machucados. Mas Deus sustenta tudo aquilo que Ele criou porque Ele é pura bondade. Então espero ser alegre como ela foi e sorrir, apesar de tudo.

Esta publicação é dedicada ao meu pároco, que é sempre muito fofo.

Até breve!

Pedaços da Natureza

detalhe bonito em um tronco

Caminhar é uma das coisas que mais gosto de fazer, em silêncio, carregando orações no coração e me encantando por cada pedacinho da natureza que vejo: gravetos com musgos, texturas dos cascos de árvores, folhas com incontáveis cores distintas… Meu olhar se deleita e estes pequenos detalhes trazem inspiração para mim, de alguma maneira.

esta folha é de fruta-pão, ela lembra-me as plantas pertencentes ao gênero Acer!

Já tive o contentamento de encontrar insetos mortos para colecionar, asas de borboletas, gravetos, folhas secas, pedras cintilantes e até mesmo ninho de passarinho! É uma das coisas mais fofas e bem feitas que já encontrei em minhas explorações e fiz questão de trazer um desses que vi para pertinho de mim. Gosto de pensar como as aves são excelentes arquitetas.

encontrei estas coisinhas que lembraram-me as bolotas de carvalho, achei tão fofinhas!

Eu gostaria de poder passar alguns dias em algum país de clima temperado, especialmente na época do outono. Esta estação é a que mais parece repleta de imaginação, brincadeiras e presentes. Amo pinhas, bolotas de carvalho e folhas de acer e adoraria colecioná-las algum dia. Sair pelos lugares arborizados e criar lembranças bonitas ao colher estes tesourinhos da natureza. Guardar, fazer colagens e qualquer outra atividade manual. Apesar do frio do outono, tenho certeza que seriam dias quentes porque eu estaria com a família (sonho).

Até breve.