Pequenos achados

Nestes dias de verão, explorei um pouquinho pelo Jardim Botânico de onde moro. ♡

O dia estava bonito, o céu tão azul contrastando com flores rosadas e o verde vivo das plantas. A primeira coisa que vi foi um montinho de folhas secas e achei engraçado que eu estava um tanto camuflada por causa das cores que eu estava vestindo.

Tons terrosos são cores que aprecio bastante, tanto em vestes como na natureza.

Esta linda asinha azul de borboleta encontrei ao lado do meu banco preferido do Jardim. Ele tem vista para o lago artificial e a casinha de orquídeas.

Considero-o especial, pois já encontrei muitas coisas interessantes perto dele, desta vez foi esse azul cintilante!

Tenho o costume de caminhar olhando para o chão. Normalmente é porque tenho que manter o olhar atento para encontrar algo que desperte o meu interesse. Dessa vez foi esta linda folha seca, fiquei admirada com ela.

Esse verde estava fazendo um lindo contraste com a terra. Decidi registrar.

Ao final, do lado de fora, apreciei minhas flores silvestres favoritas! Bem, esta é o botão-de-ouro. Elas ficam lindas dentro de potinhos, queria ter tido tempo para colher várias e fazer isto.

Até breve!

Mais que uma simples folha

Esta fotografia é para me lembrar que pretendo deixar os meus dias ainda mais significativos.

Quando eu me agachei para fotografá-la, eu pronunciei estas palavras: “que pequenininha e fofa!” Meu marido, que estava ao meu lado, deu um sorriso por causa do meu jeito de sempre estar se encantando com qualquer beleza miúda do mundo.

Deixo-a aqui porque eu gostaria de ter um passa-tempo mais especial para mim mesma, e não para os outros. Passei muito tempo pensando em coisas que acabei notando que não eram para mim, mas apenas em função de uma rede social. É difícil lidar com esta constatação. Portanto, quero me empenhar em só fotografar o que for significativo para mim. Ter conversado sobre isso com uma amiga me ajudou muito a ter uma perspectivia das minhas atitudes (não apenas em relação a uma rede social).

Deixo esta simples fotografia de uma folha no chão porque me faz lembrar do sorriso de quem eu amo.

Tudo me sorria…

“Oh! realmente, tudo me sorria na terra.”

Estas palavras foram escritas por Santa Teresinha do Menino Jesus, após observar as lindas montanhas da Suíça e ter ainda mais certeza sobre a grandeza do Senhor. Ela soube expressar como eu me sinto diante de cada pedacinho de natureza que encontro nos meus dias, parece que tudo sorrir para mim, parece Deus escrevendo uma carta através do céu, flores, árvores etc para dizer o quanto me ama.

Provavelmente, os animais que mais trazem alegria para meus dias, são os passarinhos e aves no geral. Quase todas as manhãs, ouço um corruíra cantando longe. Todas as tardes beija-flores visitam o quintal. E de vez em quando durante a noite, ouço o som da coruja rasga-mortalha (uma das minhas espécies favoritas!).

Eu poderia passar horas conversando com alguém sobre aves. Gosto de aprender tanto sobre elas: estrutura das penas, identificar pelo canto, o tipo de vôo, o tipo de bico, alimentação, comportamento. São uma infinidade de detalhes que permeiam este mundo.

O que mais parece me sorrir na terra:

– o alvorecer
– luz solar entre as lacunas das árvores
– flores
– insetinhos
– grama
– orvalho
– matinhos que crescem espontaneamente
– brotos de plantas

Este lindo amigo amarelo é um canário-da-terra-verdadeiro (Sicalis flaveola). Era uma manhã bastante ensolarada e havia vários deles forrageando pela grama porque são uma espécie de pássaro que se alimentam de sementes, então este devia ser o melhor local para procurá-las e pegar de algumas formigas (hehe). Por vezes se alimentam de insetos também.

Na segunda foto há várias fêmeas. Elas não são tão amarelas como os machos… Há pedaços de cinza e marrom pela plumagem delas. Geralmente nas aves, os machos são mais bonitos porque eles chamam a atenção das fêmeas para a reprodução.

Esta borboleta apareceu bem no momento que cliquei!

Em uma outra exploração, encontrei este pedaço de ninho que é desta espécie. Eles também aproveitam casinhas abandonadas de outras aves, como a do joão-de-barro.

Ter presenciado um pássaro amarelo deixou-me contente. Ele parecia tão fofo. Gostaria muito de que algum passarinho pousasse na minha mão, mas algum dia vou tentar levar comida com a intenção de atrai-los.

Até breve!

Fragmentos

Tenho um certo apreço aos detalhes. Gosto de capturar aqueles que há em meu cotidiano com todo o meu ser, o que significa com todos os meus sentidos apreciar alguma pequenez: meu olfato com o cheirinho de café sendo moído; meu olhar com a luz de várias tonalidades no alvorecer e crepúsculo; meu tato em musgos em cascos de árvores; minha audição com o som que a linha faz ao costurar. Há tantos detalhes! Tudo isto abre meu coração, e eu fico a imaginar quão mais belo deve ser os detalhes que a alma captura, que não podem ser vistos e nem registrados. Mas são segredos guardados no coração e que o Bom Deus sabe. Como eu amo pensar nisso!

Alguns fragmentos:

– o som da linha passando pelo tecido ao costurar
– a beleza ao cortar frutas, legumes e outros alimentos
– o cheirinho ao preparar algum chá, como o de lavanda ou hortelã
– a água caindo feito chuva ao regar as plantinhas
– uma luz bonita que entra no quarto

 

morangos são tão bonitos que fiz um icon de um que fotografei

Trevinhos são muito bonitos! Colhi este do quintal, onde plantas crescem espontaneamente… Pensei em fazer aquarelas deles para colocar em algum lugar do Bosque.

Ultimamente tenho feito alguns bordados e aprendido alguns pontos. Este é o ponto margarida. Após ter treinado em um pano avulso, resolvi decorar meu vestidinho com umas flores.

Uma xícara repleta de morangos, pois são frutas (pseudofruto) que considero belas e me dão vontade de fotografá-las.

Com os morangos, fiz uma pequena torta, em uma forma para pão. Infelizmente, eu ainda não acertei a quantidade certa de cada ingrediente da massa, por isso ela ficou um tanto esfarelada. O importante é que eu gostei muito de fazê-la! Especialmente estes detalhes de plantinhas que modelei com minhas mãos (não sei se é possível perceber). Apesar dela ter ficado bem longe de estar perfeita, o sabor ficou ótimo! Minhas tardes de café terão um pedaço doce de torta para acompanhar.

São uma infinidade de coisas que acontecem nos meus dias que trazem uma pequena alegria e eu me sinto muito abençoada por poder me dar conta de tudo isto.

Até breve!

Milésimo de Segundo

Uma vez o meu pároco disse-me que se Deus esquecesse por um milésimo de segundo da sua criação, tudo iria desandar. Com estas palavras ele confortou uma pequena alma que estava um tanto aflita.

Estava há pouco tempo tentando ajudar uma amiga com alguns assuntos de biologia, e em determinado momento pensei o quão incrível é que cada célula do nosso corpo é envolvida por uma membrana plasmática. É como se cada célula estivesse sendo abraçada para proteger cada estrutura microscópica que a compõem.

Uma das coisas que me fez voltar a olhar para Deus foi observar a natureza, nada destas coisas incríveis poderiam ser obra do acaso… Nunca me cansarei de me encantar com todas estas singularidades, do carinho de Deus por nós refletido até na coisa mais insignificante. Também não me envergonho desta certeza que carrego.

Lembro-me que quando vi esta borboleta voando entre flores silvestres e percebi que suas asas estavam desgastadas, achei tão incrível! Mesmo machucada, ela me passava alegria naquela manhã repleta da luz do sol… Fiquei contente por ter presenciado. Às vezes podemos estar como esta borboleta, nos sentindo machucados. Mas Deus sustenta tudo aquilo que Ele criou porque Ele é pura bondade. Então espero ser alegre como ela foi e sorrir, apesar de tudo.

Esta publicação é dedicada ao meu pároco, que é sempre muito fofo.

Até breve!

Pedaços da Natureza

detalhe bonito em um tronco

Caminhar é uma das coisas que mais gosto de fazer, em silêncio, carregando orações no coração e me encantando por cada pedacinho da natureza que vejo: gravetos com musgos, texturas dos cascos de árvores, folhas com incontáveis cores distintas… Meu olhar se deleita e estes pequenos detalhes trazem inspiração para mim, de alguma maneira.

esta folha é de fruta-pão, ela lembra-me as plantas pertencentes ao gênero Acer!

Já tive o contentamento de encontrar insetos mortos para colecionar, asas de borboletas, gravetos, folhas secas, pedras cintilantes e até mesmo ninho de passarinho! É uma das coisas mais fofas e bem feitas que já encontrei em minhas explorações e fiz questão de trazer um desses que vi para pertinho de mim. Gosto de pensar como as aves são excelentes arquitetas.

encontrei estas coisinhas que lembraram-me as bolotas de carvalho, achei tão fofinhas!

Eu gostaria de poder passar alguns dias em algum país de clima temperado, especialmente na época do outono. Esta estação é a que mais parece repleta de imaginação, brincadeiras e presentes. Amo pinhas, bolotas de carvalho e folhas de acer e adoraria colecioná-las algum dia. Sair pelos lugares arborizados e criar lembranças bonitas ao colher estes tesourinhos da natureza. Guardar, fazer colagens e qualquer outra atividade manual. Apesar do frio do outono, tenho certeza que seriam dias quentes porque eu estaria com a família (sonho).

Até breve.

 

Pequenas Flores

Houve um tempo em que eu estava determinada em fazer campos de flores em lugares públicos. Consegui inúmeras sementes de cosmos e as semeava por onde eu passava, sentia tanta esperança neste simples gesto. Cheguei até a plantar uma muda de lavanda, imaginando lugares imensamente coloridos e com vários visitantes polinizadores para fotografar.

Quando eu ando por algum lugar e vejo uma flor silvestre, sinto que ela tem um grande potencial, apesar de pequenina. Fico imaginando que aquela coisinha miúda deve ser a alegria de uma abelha ou borboleta que estão caçando néctar e empenhadas no seu trabalho.

Sinto-me imensamente determinada em ser uma alegria ao meu Senhor, apesar da minha insignificância. Não sou como uma rosa, linda e perfumada. Ou como um girassol, esplendoroso e radiante. Sou apenas eu. Só eu, escondendo-me no imenso verde, na altura da terra, entre raízes e pedras. Pensando comigo mesma no quanto sou grata por existir o girassol radiante e a rosa perfumada.

Até breve.

Bem-vindo

(uma foto antiga que gosto muito)

Recomeços são frescos como uma relva repleta de orvalho.

Passei um bom tempo sem um blog (já tive outros) porque eu precisava colocar muitas coisas no lugar e ter certeza de que iria empenhar-me de usar isto aqui de maneira virtuosa, pois é necessário buscar as virtudes até naquilo que aparentemente nem precise.

Além disso, eu senti falta de um espaço para escrever sobre as fotografias que eu tiro, escrever sobre o que na natureza encanta-me. Gostaria de aprofundar em cada pensamento, de mergulhar em metáforas que surgem ao observar o mundo natural. Eu imagino que aqui é como uma vasta relva repleta de flores silvestres, com muitas abelhas, borboletas e aves.

Se acaso neste jardim aparecer borboletas visitantes, certamente serão bem-vindas, e espero que saiam daqui carregando bastante pólen.

Até breve.