Pequenas Flores

Houve um tempo em que eu estava determinada em fazer campos de flores em lugares públicos. Consegui inúmeras sementes de cosmos e as semeava por onde eu passava, sentia tanta esperança neste simples gesto. Cheguei até a plantar uma muda de lavanda, imaginando lugares imensamente coloridos e com vários visitantes polinizadores para fotografar.

Quando eu ando por algum lugar e vejo uma flor silvestre, sinto que ela tem um grande potencial, apesar de pequenina. Fico imaginando que aquela coisinha miúda deve ser a alegria de uma abelha ou borboleta que estão caçando néctar e empenhadas no seu trabalho.

Sinto-me imensamente determinada em ser uma alegria ao meu Senhor, apesar da minha insignificância. Não sou como uma rosa, linda e perfumada. Ou como um girassol, esplendoroso e radiante. Sou apenas eu. Só eu, escondendo-me no imenso verde, na altura da terra, entre raízes e pedras. Pensando comigo mesma no quanto sou grata por existir o girassol radiante e a rosa perfumada.

Até breve.

Bem-vindo

(uma foto antiga que gosto muito)

Recomeços são frescos como uma relva repleta de orvalho.

Passei um bom tempo sem um blog (já tive outros) porque eu precisava colocar muitas coisas no lugar e ter certeza de que iria empenhar-me de usar isto aqui de maneira virtuosa, pois é necessário buscar as virtudes até naquilo que aparentemente nem precise.

Além disso, eu senti falta de um espaço para escrever sobre as fotografias que eu tiro, escrever sobre o que na natureza encanta-me. Gostaria de aprofundar em cada pensamento, de mergulhar em metáforas que surgem ao observar o mundo natural. Eu imagino que aqui é como uma vasta relva repleta de flores silvestres, com muitas abelhas, borboletas e aves.

Se acaso neste jardim aparecer borboletas visitantes, certamente serão bem-vindas, e espero que saiam daqui carregando bastante pólen.

Até breve.